Pathur Nataraja es una estatuilla de bronce india medieval que fue sacada de contrabando de su país de origen. Incautada en el extranjero, la obra de arte fue disputada en la justicia británica en una sentencia que identificó la personalidad jurídica de la deidad hindú Shiva en el lingam conservado en el templo saqueado. Su reconocimiento, combinado con la idea de la personificación jurídica de innumerables otras entidades no humanas, como la naturaleza, un parque nacional, un río con sus elementos metafísicos, árboles, animales no humanos, inteligencia artificial y robots, esta creando fisuras en la comprensión tradicional de lo que significa ser sujeto de derechos. Esta comprensión fluida de la personificación legal, presente en varias coyunturas jurídicas actuales y ya intuida por una doctrina secular, es indicativa de opciones epistémicas capaces de ser igualmente absorbidas en nuestro universo jurídico.
Pathur Nataraja is a medieval Indian bronze statuette that was smuggled out of its country of origin. Seized abroad, the work of art was contested in British courts in a judgment that identified the legal personality of the Hindu deity Shiva in the lingam that had been preserved in the looted temple. Its recognition, combined with the idea of the legal personification of countless other non-human entities, such as nature, a national park, a river with its metaphysical elements, trees, non-human animals, artificial intelligence and robots, has created cracks in the traditional understanding of what it means to be a subject of rights. This fluid understanding of legal personification, present in several current legal frameworks and already perceived by a secular doctrine, is indicative of epistemic choices capable of being equally absorbed in our juridical universe.
Pathur Nataraja é uma estatueta medieval indiana de bronze que foi contrabandeada para fora de seu país de origem. Apreendida no exterior, a obra de arte foi disputada na justiça britânica em julgamento que identificou a personalidade jurídica da divindade hindu Shiva no lingam que havia sido preservado no templo saqueado. Seu reconhecimento, aliado à ideia da personificação jurídica de inúmeras outras entidades não humanas, como a natureza, um parque nacional, um rio com seus elementos metafísicos, as árvores, os animais não humanos, a inteligência artificial e robôs, vem criando fissuras na tradicional compreensão sobre o que significa ser sujeito de direitos. Esta compreensão fluída da personificação legal, presente em diversas conjunturas jurídicas atuais e já intuída por uma doutrina secular, é indicativa de opções epistêmicas capazes de serem igualmente absorvidas em nosso universo jurídico.