María Cecilia Fierro Evans, Christopher Hempel
¿Cómo organizar las escuelas para que sea posible una convivencia pacífica? Esta pregunta no sólo concierne a los actores escolares, sino también a las políticas públicas y a la investigación educativa. La introducción del Modelo de Convivencia para Atender, Prevenir y Erradicar la Violencia Escolar en el estado mexicano de Guanajuato está vinculada a la esperanza de que se inicie un desarrollo correspondiente. Partiendo de la constatación de que muchos docentes tienen dificultades para orientar sus acciones a partir de dicho modelo, en este artículo analizamos la política educativa y las condiciones habituales de actuación de los docentes relacionadas con la convivencia. Con este objetivo, analizamos el discurso sobre la convivencia escolar y los programas vigentes en México y Guanajuato. A continuación, ofrecemos una visión de los resultados de un estudio exploratorio de entrevistas con docentes de un total de cinco escuelas. Para reconstruir sus marcos de referencia, utilizamos el método documental. Se pone de manifiesto que coexisten diferentes paradigmas sobre la convivencia escolar que generan incertidumbre y desconcierto entre los actores escolares, las cuales no sólo tienen su origen en las exigencias contradictorias, sino también en la percepción de unas condiciones contextuales difíciles para el trabajo educativo. Con involucramiento y distanciamiento, diferenciamos dos modos de afrontar estas incertidumbres, que podemos reconstruir en las entrevistas. Estos modos tienen implicaciones diferentes para el desarrollo del discurso y la práctica de la convivencia en las escuelas.
How can schools be organized to make peaceful coexistence (convivencia) possible? This question concerns not only school actors, but also public policies and educational research. The introduction of the Model of Convivencia to Attend, Prevent and Eradicate School Violence in the Mexican state of Guanajuato is linked to the hope that a corresponding development will be initiated. Based on the observation that many teachers have difficulties in orienting their actions on the basis of such a model, in this article we analyze the educational policy and the usual conditions of teachers' actions related to convivencia. With this objective, we analyze the discourse on school convivencia and the programs in force in México and Guanajuato. We then provide an overview of the results of an exploratory study of interviews with teachers from a total of five schools. To reconstruct their frames of reference, we used the documentary method. It becomes clear that different paradigms on school convivencia coexist and evoke uncertainties among school actors. These uncertainties are not only due to contradictory demands, but also to the perception of difficult contextual conditions for educational work. With involvement and detachment, we differentiate two modes of dealing with these uncertainties, which we can reconstruct in the interviews. These modes have different implications for the development of the discourse and practice of convivencia in schools.
Como organizar as escolas de modo que a coexistência pacífica seja possível? Essa pergunta diz respeito não apenas aos agentes escolares, mas também às políticas públicas e à pesquisa educacional. A introdução do Modelo de Convivência para Atender, Prevenir e Erradicar a Violência Escolar no estado mexicano de Guanajuato está ligada à esperança de que se inicie um desenvolvimento correspondente. Com base na observação de que muitos professores têm dificuldades em orientar suas ações com base nesse modelo, neste artigo analisamos a política educacional e as condições habituais das ações dos professores relacionadas à convivência. Para isso, analisamos o discurso sobre a convivência escolar e os programas em vigor em México e Guanajuato. Em seguida, apresentamos uma visão geral dos resultados de um estudo exploratório de entrevistas com professores de um total de cinco escolas. Para reconstruir seus quadros de referência, usamos o método documental. Fica claro que diferentes paradigmas sobre a coexistência escolar coexistem e evocam incertezas entre os atores escolares. Essas incertezas estão enraizadas não apenas em demandas contraditórias, mas também na percepção de condições contextuais difíceis para o trabalho educacional. Com o envolvimento e o distanciamento, diferenciamos duas formas de lidar com essas incertezas, que podemos reconstruir nas entrevistas. Esses modos têm implicações diferentes para o desenvolvimento do discurso e da prática da convivência nas escolas.