A questão da habitação, que regressa recursivamente na forma de “crises” [*] como aquelas, especialmente profundas, que estão a atravessar boa parte do planeta, é muito frequentemente caraterizada em termos de conflito de “direitos”: direito à habitação versus direito à propriedade. Em este conflito podemos vislumbrar a natureza, ao mesmo tempo emancipadora e ambígua, do próprio conceito de direito/s.