A inserção de assistentes sociais e de psicólogos nas redes públicas da educação básica é recente, apesar de ser uma reivindicação antiga. A Lei nº 13.935/2019 torna obrigatória a presença desses profissionais para atender às necessidades das políticas educacionais, por meio de equipes multiprofissionais. A construção do trabalho dessas equipes nas escolas é um processo em desenvolvimento, marcado por contradições, resistências, recuos e avanços. Sendo um processo recente, os relatos de experiência são fundamentais para entender melhor os desafios e as possibilidades de atuação dessas equipes e para promover avanços. Neste artigo, refletimos sobre desafios e possibilidades do trabalho das equipes multiprofissionais nas escolas, com base em uma experiência no Núcleo de Acolhimento Educacional (NAE). A análise é realizada a partir de observações participantes, escutas no cotidiano escolar, relatos espontâneos da comunidade escolar e registros em diário de campo. Destacamos a importância de espaços formativos democráticos que integrem vivências práticas e saberes acadêmicos, evitando a individualização dos problemas sociais, bem como a necessidade de reorganizar o trabalho das equipes para fortalecer suas atuações nas escolas.