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João Vitor Alves da Silva, Giovanna Vallim Jorgetto, Sandra Soares Mendes
O diagnóstico de câncer afeta tanto a saúde física quanto a psicológica dos pacientes, comprometendo a qualidade de vida. Durante o tratamento, alterações no sono, causadas por fatores como mudanças bioquímicas e sintomas da doença, agravam ainda mais esse impacto negativo. O presente estudo transversal e quantitativo investigou a relação entre a qualidade de vida e o padrão de sono em pacientes oncológicos. A amostra, composta por 54 pacientes em tratamento oncológico pelo Sistema Único de Saúde em uma instituição oncológica do interior de São Paulo, foi avaliada por meio de questionário sociodemgráfico e hábitos de vida, a qualidade de vida foi através do questionário EORTC QLQ-C30 e o sono pelo Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh (PSQI). Os resultados indicaram que os sintomas mais prevalentes, como dor, fadiga e insônia, impactaram significativamente a funcionalidade física e emocional dos pacientes. Além disso, 53,7% relataram acordar durante a noite, e 61,1% faziam uso de medicamentos para dormir. Houve uma correlação negativa significativa entre a qualidade subjetiva do sono e a funcionalidade física (r = -0,89; p < 0,001). Esses achados reforçam a importância de intervenções que abordem tanto a qualidade do sono quanto a qualidade de vida, destacando a necessidade de um cuidado multidisciplinar para melhorar o bem-estar geral dos pacientes oncológicos.
