Raquel de Andrade Esquivel, Sandra Sharry, Salma Saráty de Carvalho, Williams Jorge da Cruz Macêdo, Albene Liz Carvalho Monteiro Both, Lidiane de Souza Silva Lima, María Ludetana Araújo
Reconhecemos os limites do conceito de sustentabilidade adotado na perspectiva das ciências ambientais e questionamos se é possível germinar uma nova sustentabilidade a partir da decolonialidade e, portanto, à margem do eurocentrismo. Este artigo tem por objetivo relacionar os fundamentos da decolonialidade, da pedagogia decolonial e da interculturalidade crítica às questões pertinentes à Educação Ambiental. Para tanto, no percurso investigativo realizado, foi privilegiada a revisão de literatura como metodologia para expor e convidar o(a) leitor(a) para este potente (e ainda incipiente) debate que envolve a decolonialidade e a problemática ambiental. Concluímos destacando as potencialidades do saber decolonial para agregar um enfoque plural à sustentabilidade, bem como a imposição e urgência em ultrapassar a racionalidade hegemônica eurocentrada e produzir novas formas de produção, outras relações sociais entre homens, mulheres e destes com a natureza e o meio ambiente , transcendendo as formas de domínio, ocupação e exploração destrutivas dos territórios para produzir novas espitemologias periféricas do ocidente, outra(s) sustentabilidade(s), outro(s) desenvolvimento(s), outro(s) paradigma(s) a partir de uma educação ambiental socioreferenciada e uma postura mais profunda e respeitosa para com as diferentes formas de ser, saber e fazer.