Acceso usuarios
A COVID-19 é uma doença respiratória aguda, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, pode evoluir para um quadro clínico grave, internação hospitalar prolongada ou até mesmo levar a morte. Por outro lado, pode ocasionar limitações funcionais crônicas, repercussões negativas sobre a autonomia e hábitos de vida. Deste modo, o objetivo deste estudo foi analisar o impacto crônico do COVID-19 após dois anos de contaminação. O projeto, realizado na Clínica de Fisioterapia da Universidade de Marília (UNIMAR), aprovado pelo comitê de ética da instituição (parecer 5.324.846), contou com a assinatura de um termo de consentimento livre e esclarecido pelos pacientes. A avaliação físico-funcional incluiu testes para avaliar o condicionamento físico e pulmonar, como o teste de caminhada de 6 minutos, avaliação da força muscular periférica e respiratória, espirometria para mensurar volumes e capacidades pulmonares, além de um questionário sobre o estado funcional pós-COVID-19. Foram analisados 7 indivíduos com 57,4 anos, 71,4% do sexo masculino, sobrepeso, IMC de 38,1. Os resultados indicaram que, embora os indivíduos estivessem na fase crônica da doença, ainda apresentavam leves limitações funcionais, como redução da força de preensão palmar, principalmente nos homens (p=0,0045). Por outro lado, os valores de função pulmonar (VEF1/CVF) foram maiores do que o esperado (p=0,012), que sugere recuperação pulmonar. No entanto, a capacidade funcional geral apresentou uma leve redução, refletida na menor distância percorrida no teste de caminhada. Conclui-se que, apesar da recuperação pulmonar, há limitações físicas residuais, destacando a necessidade de novos estudos com amostras maiores para entender os efeitos prolongados da COVID-19.
