Felisberto Kiluange, Carlos Rouco, Ana Paula Silva, Lenisha Ginga Fragoso Baio
The Portuguese-speaking African countries (PALOP) became sovereign states by the mid-1970s. Since then, they have established and been developing their armed forces, under their own stages and complex processes, to ensure their military defense. But, as far as Subaltern Officers and Captains education is concerned, on which military leadership training models do they base their training? Thus, the study objectives were to identify the Armed Forces Branches of the PALOP, their Military Schools for Subaltern Officers and Captains, the admission criteria, training dimensions and course length and output profile, and their military leadership training models; to confront those models in order to describe their similarities and differences. To achieve those objectives, we opted for a comparative study with a qualitative approach, based on the information collected from their Military Schools and Armed Forces websites. For this purpose, data were collected, analyzed, and synthetized, accordingly with a checklist conceived for this purpose, consisting in the following items: country, Armed Forces branches, selected military schools, admission criteria, training dimensions, course length and output profile, legislative and theoretical framework for leadership. Data point out that the education of those officers in the PALOP is diverse, some are trained in Military Academies in the context of Higher Military Education for the Permanent Staff and others in Military Schools in basic training for compulsory military service. On the other side, the organization of the Armed Forces affects staff training, with a particular focus on the development of military leadership competencies.
Os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) tornaram-se Estados soberanos em meados da década de 70’. Desde então, criaram e têm vindo a desenvolver as suas Forças Armadas, em diferentes fases e processos complexos, para garantir a sua defesa militar. Mas, quanto à formação de Oficiais Subalternos e Capitães, em que modelos de formação de liderança militar se baseiam? Assim, os objetivos do estudo foram: identificar os Ramos das Forças Armadas dos PALOP, as suas Escolas Militares para Oficiais Subalternos e Capitães, os critérios de admissão, as dimensões da formação, a duração e o perfil de saída dos cursos e os seus modelos de formação de liderança militar; confrontar esses modelos para descrever as suas similaridades e diferenças. Para concretizar estes objetivos, optou-se por um estudo comparativo com uma abordagem qualitativa, com base na informação recolhida nos sites das respetivas Escolas Militares e Forças Armadas. Para o efeito, os dados foram recolhidos, analisados e sintetizados, de acordo com uma lista de verificação concebida para o efeito, constituída pelos seguintes itens: país, ramos das Forças Armadas, Escolas Militares selecionadas, critérios de admissão, dimensões da formação, duração do curso e perfil de saída, legislação e enquadramento teórico da liderança. Os dados apontam para o facto de a formação dos referidos Oficiais nos PALOP ser diversificada, visto que alguns são formados em Academias Militares no âmbito do Ensino Superior Militar para os Quadros Permanentes e outros em Escolas Militares de formação básica para o Serviço Militar Obrigatório. Por outro lado, a organização das Forças Armadas condiciona a formação dos quadros, com particular incidência no desenvolvimento de competências de liderança militar.