Brasil
Este artigo aborda práticas pedagógicas inspiradas na filosofia do Bem Viver dentro da Educação Física em três escolas de Porto Alegre/RS, visando promover uma educação intercultural e formas de implementar a Lei no 11.645/2008. Através de uma abordagem qualitativa e descritiva baseada em relatos de experiências, o estudo explora como essas práticas desafiam o eurocentrismo, o individualismo e a lógica capitalista prevalentes nos currículos escolares, propondo uma educação que valorize a diversidade e a sabedoria ancestral indígena. Embasado nas teorias de Acosta (2016) sobre o Bem Viver e na interculturalidade, este trabalho argumenta que a introdução de conteúdos e práticas corporais indígenas na Educação Física pode contribuir significativamente para a construção de currículos interculturais, decoloniais e antirracistas. As conclusões destacam a eficácia dessas práticas pedagógicas em promover a ressignificação dos elementos das práticas corporais indígenas, contribuindo para a diminuição das desigualdades sociais e fomentando uma educação mais inclusiva, indo ao encontro dos princípios do Bem Viver.