Magda Regina Dias Farias, Paulo Cesar Gastaldo Claro
A proposta deste artigo é a realização da narrativa crítica das concepções de Educação Ambiental (EA) dos professores de uma escola agrícola situada no interior do estado de Rondônia, Amazônia Legal, Brasil. As inferências conceituais trazidas neste trabalho são o resultado do recorte reflexivo de uma pesquisa de mestrado realizada no ano de 2022, imbricadas com um referencial teórico pautado na EA Crítica (EAC), utilizando as macrotendências político-pedagógicas no campo da EA para fins de análise da escola investigada. O diálogo em tela está dividido em três momentos: o primeiro, de caráter elucidativo, situa a EA a partir de sua perspectiva interdisciplinar, cujos referenciais e métodos nem sempre estabelecem consenso entre si. O segundo, apresenta a adoção da EAC como campo teórico defendido pelos autores, direcionando para a inexistência de neutralidade pedagógica a fim de rompimento com o atual modelo de desenvolvimento econômico e, por último, apresenta a análise das concepções de EA dos professores investigados a partir das práticas educativas desenvolvidas na escola. Em relação a metodologia utilizada, destaca-se que os dados obtidos foram o resultado de uma pesquisa de cunho qualitativo, no campo da educação, tendo como estratégia de investigação o estudo de caso. A análise das informações foi realizada por intermédio de uma adaptação da análise de conteúdo proposta por Bardin (2016). Como principais resultados obtidos na investigação, destacam-se as aprendizagens comportamentalistas dos professores em relação a EA, indicando uma forte congruência à macrotendência político-pedagógica conservacionista.