Francisco Jadson Silva Bandeira, Maria Gleiciane de Queiroz Martins, Carlos Henrique Marques dos Martins Coelho, Marcelo Yvens Lira Cavalcante, Marcos Henrique da Costa Azevedo, Pedro Colares Carvalho, Victor Emanuel Pegado de Lima, Vinicius Alves Resende
Esse estudo buscou analisar o perfil epidemiológico da incidência de LER/DOR no estado do Ceará no período pós-COVID (2019-2023). Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, documental com abordagem quantitativa. O estudo utilizou dados secundários, coletados no TabNet/DATASUS, que ofereceu informações para construção das tabelas e gráficos com as variáveis: sexo, etnia/raça, faixa etária, macrorregião do estado do Ceará, local de ocorrência, com base nas Categorias da Classificação Internacional das Doenças, 10ª edição, (CID-10) para Lesões por esforço Repetitivos (LER) e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT). Os dados foram analisados por estatística descritiva com cálculos de números absolutos e relativos, apresentados em tabelas e gráficos. Observou-se no período estudado, o registro de 1.435 casos de LER/DORT no Ceará, com aumento significativo em 2023 (69,06% dos casos). Fortaleza apresentou a maioria de casos, em homens e na faixa etária de 20 a 34 anos. Sobral, Sertão Central e Cariri tiveram aumentos menos expressivos. A raça parda foi a mais afetada em todas as regiões. A incidência foi maior em trabalhadores com jornadas superiores a seis horas diárias, e ambientes estressantes não se correlacionaram diretamente com maior incidência de LER/DORT. A pandemia COVID-19, intensificou os casos de LER/DORT devido ao aumento do trabalho remoto e às condições inadequadas de ergonomia. Fortaleza e Sobral foram as regiões mais afetadas, com subnotificação de casos como significativo problema nas demais regiões. A adoção de políticas de saúde ocupacional e intervenções ergonômicas é essencial para mitigar esses problemas.