O presente trabalho pretende discutir como o estágio não obrigatório, em atuação como profissionais de apoio, estabelecido entre as Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) e Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs), pode contribuir para a nossa formação inicial docente. As motivações da escolha do tema se dão pela constatação da fragilidade ou inexistência da formação na perspectiva da educação inclusiva, principalmente na formação inicial dos professores, alinhadas às observações proporcionadas pela experiência enquanto profissionais de apoio pelo período de dois anos. O problema da pesquisa é: como a perspectiva de deficiência e educação inclusiva pode ou não propiciar a inclusão e como isso contribui para a formação de futuros docentes? O presente artigo tem como objetivo geral levantar contribuições para a formação inicial de professores no atendimento a alunos com deficiência. Essas discussões serão pautadas em dois conceitos fundamentais: ética do cuidado e interdependência, conceitos advindos das discussões teóricas do modelo social da deficiência. Para tanto, utilizaremos da pesquisa bibliográfica e do relato de experiência das observações feitas durante o estágio não obrigatório. Os principais resultados obtidos foram a constatação de que a concepção que temos sobre deficiência influencia muito a prática dos profissionais que se engajam ou não em uma educação inclusiva. Assim como o trabalho em equipe e a formação de comunidades de aprendizado entre os profissionais podem contribuir para a saúde mental e para o compartilhamento de estratégias.