Estudos apontam que entre 15% e 25% dos estudantes universitários enfrentam transtornos psiquiátricos durante sua formação acadêmica, com a ansiedade e a depressão sendo as condições mais prevalentes. O objetivo deste estudo é investigar a relação entre o grau de ansiedade manifestado por estudantes de Medicina e os fatores socioeconômicos que influenciam essa condição. A pesquisa, de natureza quantitativa e transversal, foi realizada em 2017 com uma amostra aleatória de alunos do primeiro ao oitavo período. Os dados foram coletados por meio de questionários. No grupo de cotistas, não houve associação significativa entre os fatores de risco investigados e a ansiedade, sugerindo maior homogeneidade. Já entre os não cotistas, morar longe da universidade e o uso de medicação psiquiátrica foram identificados como fatores de risco. A prevalência de sintomas ansiosos foi alta em ambos os grupos, indicando que muitos estudantes estão expostos a condições que favorecem o desenvolvimento de ansiedade. Os resultados reforçam a importância de um ambiente universitário que promova o bem-estar mental e psicológico, com maior atenção às necessidades dos alunos.