Tarapoto, Perú
Frente a la pandemia por COVID-19, el Estado argentino adoptó una estrategia dual, caracterizada por: i) negociaciones para importar vacunas desde un contexto periférico en la geopolítica de vacunas; y ii) un despliegue de instrumentos de política para transformar capacidades científico-tecnológicas en tecnologías sanitarias. Este artículo analiza las políticas científico-tecnológicas y de innovación frente al COVID-19, las coaliciones con actores clave y los artefactos tecnológicos y sanitarios alrededor de estas políticas, y el reposicionamiento del Estado y de las instituciones científico-tecnológicas en la crisis sanitaria. El artículo se basa en el análisis de discursos de actores clave extraídos del relevamiento de notas periodísticas, triangulado con el abordaje coproduccionista de los estudios sociales de la ciencia y la tecnología y el revisionismo histórico de la trayectoria de instituciones científico-tecnológicas clave en el país. Así, se analizan los imaginarios, las representaciones y las expectativas construidas sobre el Estado, el sector privado y la ciencia y la tecnología, coproducidos con las políticas públicas y embebidos en los discursos analizados en el marco de la respuesta a la pandemia por COVID-19 en Argentina. Se sostiene que prevalecen representaciones del modelo lineal de innovación como eje rector de la política CTI nacional, así como imaginarios de “Estado presente” y de la “ciencia como ente aislado” movilizado hacia la soberanía sanitaria.
During the COVID-19 pandemic, the Argentine State adopted a dual strategy, characterized by: i) negotiations to import vaccines from a peripheral context in the geopolitics of vaccines; ii) a deployment of policy instruments to transform scientific-technological (S&T) capabilities into health technologies. This article analyzes those S&T and innovation policies in the face of the pandemic, the coalitions between key actors and the artifacts gathered around these policies, and the repositioning of the State and scientific-technological institutions during the health crisis. The research is based on the analysis of key actors’ discourses extracted from journalistic notes, triangulated with the co-productionist approach of social studies of science and technology and the historical revisionism of the trajectory of key S&T Argentine institutions. It analyzes the imaginaries, representations and expectations built on the State, the private sector, and the S&T sector, co-produced with public policies and embedded in the analyzed discourses in the context of the response to the pandemic in Argentina. It is argued that representations of the linear innovation model as the guiding axis of national STI policy prevail in the discourses, as well as imaginaries of a “present State” and of “science as an isolated entity” mobilized in the pursuit of health sovereignty.
Diante da COVID-19, o Estado argentino adotou uma estratégia dupla: i) negociações para importar vacinas, a partir de um contexto periférico na geopolítica das vacinas; ii) implantação de instrumentos políticos para transformar capacidades científico-tecnológicas em tecnologias de saúde. Este artigo analisa a(s) política(s) de ciência-tecnologia e inovação em face da COVID-19, as coalizões dos principais atores e artefatos em torno dessas políticas e o (re)posicionamento do Estado e das instituições de ciência-tecnologia na crise de saúde da COVID-19. Com base na análise dos discursos dos atores-chave extraídos da pesquisa de artigos jornalísticos, triangulados com a abordagem coprodutivista dos Estudos Sociais da Ciência e Tecnologia e o revisionismo histórico da trajetória das principais instituições científico-tecnológicas do país. Assim, analisamos os imaginários, as representações e as expectativas construídas sobre o Estado, o setor privado e a C&T, coproduzidos com as políticas públicas e incorporados nos discursos analisados. Argumenta-se que, nos discursos, prevalecem as representações do modelo linear de inovação como eixo norteador da política nacional de CTI, bem como os imaginários do “Estado presente” e da “ciência como entidade isolada” mobilizados em busca da soberania da saúde.