Adrián Sotelo Valencia
El presente artículo analiza la naturaleza político-ideológica del progresismo en América Latina a partir de la hipótesis de que no hay ciclos inamovibles y mecánicos que lo sobredeterminen. Ello presupone que los verdaderos determinantes son las leyes generales del sistema capitalista y la manera como se articulan dialécticamente con las luchas de clases en la región en contextos de crisis, desestabilización y decadencia general del modo capitalista universal de vida y de producción. La hipótesis subyacente al respecto consiste en considerar que, con el arribo al gobierno del presidente Hugo Chávez Frías en Venezuela y, con él, de la fuerza ideológica, política y social del bolivarianismo en el umbral del siglo xxi (2 de febrero de 1999), después de casi una década de estancamiento e involución de las luchas populares y sociales –desde la caída del sandinismo por la vía electoral en 1989– y del arribo y fortalecimiento del neoliberalismo, se originó un nuevo proceso histórico que hoy se conoce como el progresismo. Con la caída de los gobiernos en Ecuador (24 de mayo de 2017) y Bolivia (10 de noviembre de 2019), luego del Impeachment (31 de agosto de 2016) que destituyó a la presidenta Dilma Rousseff en Brasil, el progresismo presenta graves riesgos de ser derrotado por envalentonadas derechas y ultraderechas auspiciadas y comandadas por la fuerza imperialista de Estados Unidos.
This article discusses the political-ideological nature of progressivism in Latin America. The analysis is based on the hypothesis that there are no immovable and mechanical cycles that overdetermine it. This presupposes that the real determinants are the general laws of the capitalist system and the way in which they are dialectically articulated with the class struggles in the region in contexts of crisis, destabilization, and general decline of the universal capitalist mode of production and way of life. The underlying hypothesis considers that with the arrival of President Hugo Chávez Frías in Venezuela and, with him, the ideological, political and social force of Bolivarianism on the threshold of the 21st century (February 2, 1999), after almost a decade of stagnation and involution of the popular and social struggles (since the fall of Sandinismo by electoral means in 1989) and the arrival and strengthening of neoliberalism, a new historical process was originated, known today as progressivism. This new historical frame –with the recent fall of the governments in Ecuador (May 24, 2017) and Bolivia (November 10, 2019), and later President Dilma Rousseff´s Impeachment which removed her from office in Brazil (31 August 2016)– presents serious risks of being defeated by emboldened right and ultra-right movements sponsored and commanded by the imperialist force of the United States.
O artigo discute a natureza político-ideológica do progressismo na América Latina a partir da hipótese de que não existem ciclos inamovíveis e mecânicos que o sobredeterminem. Isso pressupõe que os determinantes reais são as leis gerais do sistema capitalista e como elas se articulam dialeticamente com as lutas de classes na região em contextos de crise, desestabilização e declínio geral do modo de vida e produção capitalista universal. A hipótese subjacente a este respeito é considerar que, com a chegada ao governo do presidente Hugo Chávez Frías na Venezuela e, com ela, da força ideológica, política e social do bolivarianismo no limiar do século XXI (2 de fevereiro 1999), após quase uma década de estagnação e involução das lutas populares e sociais (desde a queda do sandinismo pela via eleitoral em 1989) e da chegada e fortalecimento do neoliberalismo, originou-se um novo processo histórico que hoje é conhecido como progresismo. Com a queda dos governos do Equador (24 de maio de 2017) e da Bolívia (10 de novembro de 2019), após o Impeachment (31 de agosto de 2016) que demitiu à Presidenta Dilma Rousseff no Brasil, o progressismo apresenta sérios riscos de ser derrotado pelas direitas e ultra-direitas patrocinadas e comandadas pela força imperialista dos Estados Unidos.