Eduarda Miranda Peixoto, Nicole Miranda Lemos, Alexia Sousa Guimarães, Fernanda Cyrino de Abreu, Lilian Gonçalves Teixeira, Laudiceia ferreira Fróis, Maysa Helena de Aguiar Toloni, Wellington Segheto
As relações de trabalho têm sofrido mudanças que impactam a saúde, principalmente entre as mulheres, tornando importante compreender os padrões de exames preventivos de câncer de mama e colo do útero realizados por trabalhadoras comerciais. O objetivo deste estudo é verificar a proporção de exames preventivos de câncer de mama, câncer de colo do útero e autoexame das mamas, bem como a associação com fatores sociodemográficos. Estudo transversal com mulheres comerciais de uma cidade do interior de Minas Gerais. Os desfechos do estudo foram exames preventivos de câncer de colo do útero e mama (Papanicolaou, mamografia e autoexame das mamas), e fatores socioeconômicos foram verificados como variáveis exploratórias. Foi utilizada estatística descritiva, e as associações foram analisadas por meio de regressão de Poisson. Foram avaliadas 228 mulheres. Ter mais de 40 anos aumentou a prevalência de realização de exames de mamografia, enquanto ter ensino superior diminuiu a prevalência de realização desse exame. A prevalência de autoexame das mamas foi maior entre mulheres em relacionamentos estáveis. Após ajustes, ter 40 anos ou mais aumentou a prevalência de realização de mamografia. Identificamos que um quarto das mulheres avaliadas não realizou exames de rastreamento e que a idade esteve associada apenas à realização de exames de mamografia. Esse dado importante reforça a necessidade de estratégias para aumentar a adesão a esses exames, destacando a importância de políticas públicas e programas de conscientização.