Franciele Del Vecchio dos Santos, Ana Christina da Silva Bezerra, Maria Aparecida de Moura Amorim Sousa, Jefferson Greiki da Silva Oliveira, Cleilson Silva Alves, Alexandra Sablina do Nascimento Veras, Joel Manga da Silva, Jefte Dodth Telles Monteiro
Este artigo explora as consequências das reformas neoliberais da década de 1990 no trabalho docente, com foco na era da Nova Gestão Pública (NGP). A NGP, ao incorporar princípios de gestão empresarial no setor público, transformou profundamente as condições de trabalho na educação. Essa abordagem gerencialista introduziu práticas como flexibilidade, terceirização e redução de direitos trabalhistas, impactando negativamente a estabilidade e a segurança dos professores. A mercantilização do ensino, incentivada por essas reformas, tratou a educação como um produto gerido sob critérios de eficiência e resultados quantitativos, desconsiderando a complexidade do processo educativo. Como consequência, houve uma intensificação da precarização do trabalho docente, comprometendo a qualidade da educação. Através da análise de literatura especializada e do impacto das políticas neoliberais na educação brasileira, o estudo revela como a adoção de práticas gerencialistas fragilizou a profissão docente, limitando sua autonomia e subordinando o ensino a uma lógica de mercado. Em face disso, o texto conclui que é imperativo formular políticas que realmente valorizem os profissionais da educação, assegurando condições de trabalho que permitam um ensino de qualidade e promovam o desenvolvimento integral dos estudantes e da sociedade.