Con una perspectiva de economía política basada en los conceptos de régimen de acumulación, relaciones centro-periferia y bloques sociales de poder, este estudio investiga la experiencia de financiarización subordinada en la Argentina. Para ello, si bien se repasa el ciclo de valorización financie-ra inicial (1976-2001), el estudio se concentra empíricamente en el parénte-sis kirchnerista (2003-2015), la reintroducción de la valorización financiera (2015-2019) y el período signado por la pandemia (2019-2023). La Argentina presenta características particulares de financiarización subordinada, tales como falta de liquidez en moneda extranjera tanto a nivel nacional como internacional, la dolarización de parte de sus actividades económicas (aho-rro, propiedades), el elevado nivel de pass-through tipo de cambio-inflación, dinámicas de endeudamiento externo que afectan decisivamente el ciclo económico, y una persistente fuga de capitales que expresa la transferencia de excedentes de la periferia al centro. Asimismo, no muestra indicadores elevados de endeudamiento de los hogares y apalancamiento de las cor-poraciones no financieras, que son rasgos característicos de subordinación financiera en otros países periféricos.
With a political economy perspective based on the concepts of the accumu-lation regime, center-periphery relations and social power blocks, this study investigates the experience of subordinate financialization in Argentina. In order to do so, although there is an analysis of the initial financial valoriza-tion cycle (1976-2001), the study is centered in the Kirchnerist parenthesis (2003-2015), the reintroduction of financial valuation (2015-2019) and the period marked by the pandemic (2019-2023). Argentina presents particular characteristics of subordinate financialization, such as lack of liquidity in fo-reign currency both nationally and internationally, the dollarization of part of its economic activities (savings, properties), the high level of exchange rate-inflation pass through, dynamics of external debt that decisively affect the economic cycle, and a persistent capital flight that expresses the transfer of surpluses from the periphery to the center. Likewise, it does not show high indicators of household debt and leverage of non-financial corporations, which are characteristic features of financial subordination in other periphe-ral countries.
Com uma perspectiva de economia política baseada nos conceitos de re-gime de acumulação, relações centro-periferia e blocos de poder social, este estudo investiga a experiência de financeirização subordinada na Argentina. Para isso, mesmo si é revisto o ciclo inicial de avaliação financeira (1976-2001), o analyse se centra no parêntese kirchnerista (2003-2015), a reintro-dução da avaliação financeira (2015-2019) e o período marcado pela pan-demia (2019-2023). A Argentina apresenta características particulares de financeirização subordinada, como a falta de liquidez em moeda estrangeira tanto nacional quanto internacionalmente, a dolarização de parte de suas atividades econômicas (poupança, propriedades), o alto nível de repasse cambial-inflação, a dinâmica de relações externas dívida que afecta decisi-vamente o ciclo económico, e uma persistente fuga de capitais que expressa a transferência de excedentes da periferia para o centro. Da mesma forma, não apresenta indicadores elevados de endividamento das famílias e de ala-vancagem das sociedades não financeiras, que são traços característicos da subordinação financeira em outros países periféricos.