El presente análisis constituye una mirada sobre la forma local (y localizada) que adquiere el Estado cuando se materializa en un territorio concreto y sobre las consecuencias que esto tiene para una comprensión de la violencia armada en dicho territorio. Estudiamos al Estado en tanto ensamblaje que se produce en el nivel de relacionamiento local con otros actores sociales, legales e ilegales, para mostrar la dinámica violenta que subyace a este tipo de ensamblaje. Para esto, nos basamos en un trabajo de campo realizado bajo el enfoque de etnografía multilocal, el cual fue llevado a cabo por más de dos años en el Norte del Cauca (suroccidente colombiano), en particular, en el municipio de Caldono. Allí examinamos la forma en la que el ensamblaje concreto que las instituciones y fuerzas del Estado realizan con actores sociales territoriales (en particular, con el movimiento indígena) y con actores armados (fundamentalmente disidencias de las farc y otras organizaciones cuya indeterminación hace parte de su propia forma de accionar) produce regímenes plurales de dominación en el territorio.
El artículo revela las necesidades y limitaciones del poder del Estado colombiano realmente existente, las cuales se manifiestan cuando se observa la forma en la que busca penetrar en territorios con dinámicas violentas asociadas al conflicto armado. La conclusión a la que llegamos es la de que esas necesidades y limitaciones se concretan en la incapacidad estatal de producir a nivel local una organización burocrática que asegure la legitimidad de sus acciones y que dicha incapacidad tiene lugar debido a las insuficiencias estructurales que presenta respecto al uso de la violencia que legalmente presupone concentrar. Es por esto por lo que, en territorios afectados por el conflicto violento como el Norte del Cauca, el Estado establece un ensamblaje local violento con diversos actores sociales que ejercen distintas formas de dominación. Este ensamblaje violento le proporciona un medio para que pueda afirmar la existencia de su organización formal y, a su vez, para capitalizar los efectos retóricos de legitimidad que emanan de dicho ensamblaje.
A presente análise constitui um olhar sobre a forma local (e localizada) que adquire o Estado quando se materializa em um território concreto e sobre as consequências que isso tem para uma compreensão da violência armada nesse território. Estudamos o Estado como a ensamblagem que se produz no nível de relacionamento local com outros atores sociais, legais e ilegais, para mostrar a dinâmica violenta que subjaz nesse tipo de coligação. Para isso, nos baseamos em um trabalho de campo realizado sob os enfoques da etnografia multilocal, realizado por mais de dois anos no Norte del Cauca (sudoeste colombiano), em particular no município de Caldono. Nesse trabalho examinamos a forma em que a ensamblagem concreta que as instituições e forças do Estado fazem com atores sociais territoriais (em particular, com o movimento indígena) e com atores armados (fundamentalmente dissidências das farc e outras organizações cuja indeterminação faz parte de sua própria forma de agir) produz regimes plurais de dominação no território.
O artigo revela as necessidades e limitações do poder realmente existente do Estado colombiano, que se manifestam quando se observa a forma em que procura penetrar em territórios com dinâmicas violentas associadas ao conflito armado. Concluímos que essas necessidades e limitações se concretam na incapacidade estatal de produzir uma organização burocrática no nível local que garanta a legitimidade de suas ações e que tal incapacidade tem lugar devido às insuficiências estruturais que apresenta em relação ao uso da violência que legalmente pressupõe concentrar. É por isso que, em territórios afetados pelo conflito violento como o Norte del Cauca, o Estado estabelece uma ensamblagem local violenta com diversos atores sociais que exercem diferentes formas de dominação. Essa ensamblagem violenta fornece-lhe um meio para afirmar a existência de sua organização formal e para capitalizar os efeitos retóricos de legitimidade que provenham de tal ligação.
The present analysis constitutes a look at the local (and localized) form that the State acquires when it materializes in a specific territory and the consequences of this for an understanding of the armed violence in this territory. We study the State as an assemblage that occurs at the level of local relations with other social actors, both legal and illegal, to show the violent dynamics that underlie it. For this, the paper is based on a fieldwork made under the approach of multilocal ethnography that was carried out for more than two years in the North of Cauca (southwestern Colombia), in the municipality of Caldono. We examine the way the concrete assemblage of the institutions and the forces of the State settled down with the territorial social actors (in particular, with the indigenous movement) and with armed actors (mainly farc dissidents and other organizations whose indeterminacy is part of their own way of operating), produces plural regimes of domination in the territory. The paper unfolds the precarity and limitations of the power of the really existing Colombian State. Those difficulties manifest when is observed how it seeks to penetrate territories with violent dynamics associated with the armed conflict. The conclusion we reach is that the precarity and limitations are perceived on the performance of the state’s incapacity to produce at a local level a bureaucratic organization ensuring the legitimacy of its actions. We suggest that this flaw takes place because of the graspable inadequacies of the use of violence legally ascribed. Therefore, in territories affected by violent conflicts as the North of Cauca, the State establishes a violent local assemblage with various social actors who perform different forms of domination. The violent assemblage provides a means for it to affirm the existence of its formal organization and to capitalize on the rhetorical effects of legitimacy stemming from such an assemblage.