El artículo aborda la influencia del catolicismo en la configuración de la asignatura académica Educación Religiosa (ER) en el sistema colombiano de educación. Como idea central, defiende el argumento de que una determinación curricular positiva en esta dirección estaría relacionada con la principal tradición nacional en materia de construcción como estado-nación. Con el fin de fundamentar esta afirmación, el artículo ofrece una reconstrucción del papel político de la Iglesia Católica en los principales períodos históricos del país. Esta revisión pondrá de relieve el papel socializador de la moral conservadora cristiana como subyacente a la centralidad de la iglesia católica en la historia educativa del país, atravesando administraciones liberales y conservadoras. A esta sección le sigue una revisión de las principales fuentes jurídicas que estructuran la ER en Colombia tras la Constitución de 1991. Aquí las conclusiones destacarán la necesidad de apreciar esta área curricular como la que presenta una continuidad del mencionado papel socializador de la doctrina católica y la moralidad en Colombia, todo a pesar del umbral de secularización del Estado provocado por la mencionada Carta Magna. En particular, esta función sería llevada a cabo por la ER a través de su configuración jurídica como derecho parental de determinación espiritual y cultural de sus descendientes, enmarcado y sellado por los concordatos entre el Estado y las principales organizaciones cristianas del país. Del mismo modo, la definición legal del maestro de ER evidenciará un importante margen de influencia institucional ejercido por la iglesia católica y las principales iglesias cristianas-evangélicas del país. Esta asignatura podría, entonces, ser vista como un reflejo de las tensiones históricas constitutivas de las culturas religiosas y educativas colombianas, especialmente en relación con el papel desempeñado por el cristianismo conservador en sus procesos de construcción del Estado. Al respecto, la armonización de este tema con disposiciones constitucionales en términos de libertad de creencias y neutralidad religiosa del Estado exhibiría un espacio curricular importante.
The article addresses the influence of Catholicism in the configuration of the academic subject Educación Religiosa (Religious Education, RE) in the Colombian system of public education. As its core idea, it defends the argument that a positive curricular determination in this direction would be connected with the country’s main tradition of nation-state building. To substantiate this claim, it offers a reconstruction of the political role of the Catholic Church in the country’s main historical periods. This revision will correspondingly highlight the socialising role of Christian conservative morality as underlying the centrality of the Catholic church in the country’s educational history, traversing both liberal and conservative administrations. This section is followed by a revision of the main legal sources structuring re in Colombia after the 1991 Constitution. Here, conclusions will highlight the need to appreciate this curricular area as presenting a continuity of the aforementioned socialising role of Catholic doctrine and morality in Colombia, all despite the threshold of state secularisation brought about by the aforementioned Carta Magna. In particular, this function would be developed by RE via its legal configuration as a parental right of the spiritual and cultural determination of its offspring, framed and sealed by the concordats between the State and the main Christian organisations of the country. Similarly, the legal definition of the RE teacher will evidence an important margin of institutional influence exerted by the Catholic and the main Christian Evangelical churches. In the end, this academic subject could be seen as reflecting the constitutive historical tensions of the Colombian religious and educational cultures, especially in connection with the role performed by conservative Christianity in its state-building processes. In this regard, the harmonisation of this subject with constitutional provisions in terms of freedom of belief and state neutrality towards religions would exhibit important curricular space.
O artigo aborda a influência do catolicismo na configuração do tema acadêmico Educação Religiosa (ER) no sistema educacional colombiano. A ideia central defende o argumento de que uma determinação curricular positiva nesse sentido estaria relacionada à principal tradição nacional de construção como estado-nação. Para fundamentar essa afirmação, o artigo oferece uma reconstrução do papel político da Igreja Católica nos principais períodos históricos do país. Esta revisão destaca o papel socializador da moralidade conservadora cristã como subjacente à centralidade da Igreja Católica na história educacional do país, através de administrações liberais e conservadoras. Esta seção é seguida por uma revisão das principais fontes legais que estruturam o ER na Colômbia após a Constituição de 1991. Aqui, as conclusões destacam a necessidade de apreciar essa área curricular como aquela que apresenta uma continuidade do já citado papel socializador da doutrina católica e da moralidade na Colômbia, tudo apesar do limiar de secularização do Estado causado pela já citada Carta Magna. Em particular, essa função seria realizada pelo ER através de sua configuração legal como direito parental de determinação espiritual e cultural de seus descendentes, enquadrado e selado pelos acordos entre o Estado e as principais organizações cristãs do país. Da mesma forma, a definição legal do professor do ER evidencia uma importante margem de influência institucional exercida pela Igreja Católica e pelas principais igrejas cristão-evangélicas do país. Esse tema pode então ser visto como um reflexo das tensões históricas que constituem as culturas religiosas e educacionais colombianas, especialmente em relação ao papel desempenhado pelo cristianismo conservador em seus processos de construção do Estado. Nesse sentido, harmonizar essa questão com disposições constitucionais em termos de liberdade de crença e neutralidade religiosa do Estado seria um importante espaço curricular.