La pandemia por covid-19 y las medidas de confinamiento aplicadas en la mayor parte del mundo alteraron radicalmente la vida cotidiana de millones de personas. Dos aspectos fueron especialmente afectados por estas medidas: la sociabilidad y la salud mental. Este artículo analiza la relación entre estas dos variables en un período clave de la vida como lo es la adolescencia. En esta etapa del curso de vida las relaciones e interacciones sociales entre pares y más allá del núcleo familiar resultan esenciales para el desarrollo psicosocial de las personas. Los hallazgos aquí presentados sugieren que las restricciones a la sociabilidad adolescente que impuso la pandemia, como el cierre temporal de las escuelas, la intensificación de la convivencia familiar y las limitaciones a la movilidad urbana, tuvieron impactos significativos en el bienestar socioemocional de los adolescentes. Estos malestares están asociados a la supresión de la experiencia adolescente, que parece haber sido cancelada para esta generación, siendo que esta dimensión social es esencial para la adolescencia misma. Las conclusiones enfatizan y revalorizan la centralidad de la sociabilidad, la presencialidad y la corporalidad en la vida social y para el bienestar emocional e indican la incapacidad de las modernas tecnologías de la información y la comunicación para sustituirlas. La información empírica que sustenta este artículo proviene de una investigación participativa, de tipo cualitativo, con adolescentes de sectores populares en México. El trabajo de campo se realizó en pleno período de confinamiento, entre octubre de 2020 y agosto de 2021, y participaron 61 adolescentes que cursaban en ese momento el último año de la educación media superior.
A pandemia da covid-19 e as medidas de confinamento aplicadas na maioria dos países interromperam a vida cotidiana de milhões de pessoas em todo o mundo. Dois aspectos foram especialmente afetados por essas medidas: a sociabilidade e a saúde mental. Este artigo analisa a relação entre essas duas variáveis durante um período crítico da vida: a adolescência. Nesta fase do curso de vida, as relações sociais e as interações com os pares fora do círculo familiar interno são essenciais para o desenvolvimento psicossocial das pessoas. Nossos resultados sugerem que as restrições à sociabilidade dos adolescentes devido ao confinamento, como o fechamento temporário das escolas, a intensificação da convivência familiar, e as limitações à mobilidade urbana, têm impactos severos no bem-estar socioemocional dos adolescentes. Esse sofrimento decorre de uma sensação de “experiência da adolescência” perdida, uma vez que a sociabilidade é parte constitutiva da adolescência. As conclusões destacam a importância central da sociabilidade, dos encontros face a face e da corporalidade na vida social e no bem-estar emocional, e a insuficiente capacidade das modernas Tecnologias da Informação e Comunicação (tics) para substituí-las. Os dados empíricos para este artigo provêm de uma pesquisa qualitativa e participativa com adolescentes de setores populares no México. O trabalho de campo foi realizado em pleno período de confinamento, de outubro de 2020 a agosto de 2021, e 61 alunos do ensino médio foram os principais participantes deste projeto.
The COVID-19 pandemic and the lockdown measures applied in most countries have disrupted the everyday life of millions of people around the world. These conditions have affected two main aspects: sociability and mental health. This article analyzes the relationship between these two variables during a critical period of life: adolescence. In this stage of the life course social relations and peer interactions outside the inner family circle, are essential for the person´s psychosocial development. Our findings suggest that restrictions on adolescent sociability due to lockdown, such as temporary school closure, intensified family life, and limited urban mobility, have severe impacts on adolescent socioemotional wellbeing. This emotional distress stems from a sense of a lost “adolescence experience” since sociability is a constitutive part of adolescence. The conclusion highlights the core importance of sociability, face-to-face encounters, and corporality in social life and emotional wellbeing, and the insufficient capacity of the modern Information and Communication Technologies (ICTs) to replace them. The empirical data for this article come from a qualitative and participatory research with low-income adolescents in Mexico. Fieldwork was carried out in the middle of the lockdown period, from October 2020 to August 2021, and 61 high school students were the main participants in this project.