Sandra Patricia Barragán Moreno, Leandro González Támara
El objetivo del presente trabajo fue analizar las variables de mayor influencia en la sensibilidad de la percepción sobre discriminación en general y en particular hacia las “personas de los sectores LGBTI”. Conforme con este objetivo, se estudió el papel mediador del nivel educativo formal en la sensibilización frente a la discriminación —definida como conducta orientada a apartar o desconocer a una persona o a una colectividad—, con base en la Encuesta Multipropósito de la Secretaría Distrital de Planeación y la Encuesta Bienal de Culturas de la Dirección de Cultura Ciudadana de la Secretaría de Cultura, Recreación y Deporte, en sus versiones de 2017, aplicadas por la Alcaldía Mayor de Bogotá, Colombia. Las muestras de las encuestas contaron con 319 952 personas en representación de 8 052 740 personas y con 16 312 personas en representación de 6 391 049 personas, respectivamente. El tipo de discriminación más frecuentemente observada fue por orientación sexual, más que por apariencia, raza, origen campesino, religión, ser hombre o mujer, condición económica o identificación con grupos sociales. Se encontró diferencia significativa en el porcentaje de personas que han presenciado discriminación por orientación sexual según el nivel educativo y el grupo etario del observador. Mediante la técnica estadística de modelado de los árboles de decisión, se encontró que las variables que más pesan, en orden de importancia, para decidir si una persona de los sectores lgbti es un peligro o no para la sociedad, son: el nivel educativo, el estrato socioeconómico, la edad y el sexo. Es así como las mujeres más jóvenes y con mejores niveles educativos tienen menor probabilidad de percibir a las personas de los sectores lgbti como un riesgo para la sociedad. El nivel educativo, como variable modificable mediante políticas públicas, posibilita cambios culturales hacia evoluciones sociales reales y favorece en los ciudadanos el ejercicio y el respeto de los derechos humanos.
This paper is aimed to analyze the variables with the greatest influence on the sensitivity of the perception of discrimination in general and towards the “people of the LGBTI sectors”. Following this objective, we studied the mediating role of the formal educational level in raising awareness towards discrimination, defined as behaviors aimed at separating or ignoring a person or a group, based on the 2017 versions of the Multipurpose Survey of the District Planning Secretariat and the Biennial Survey of Cultures of the Department of Citizen Culture of the Ministry of Culture, Recreation and Sports of the Mayor's Office of Bogotá, Colombia. The survey samples had 319 952 people representing 8 052 740 people and 16 312 people representing 6 391 049 people, respectively. The type of discrimination most frequently observed was due to sexual orientation, rather than by appearance, race, peasant origin, religion, being male or female, economic status, or identification with social groups. A significant difference was found in the percentage of people who have witnessed discrimination based on sexual orientation according to the educational level and the age group of the observer. Through the statistical technique of modelling decision trees, it was found that the variables that weigh the most, in order of importance, to decide whether “a person from lgbti sectors is a risk or not to society” are: educational level, socioeconomic status, age and sex. Thus, younger and better-educated women are less likely to perceive “people from lgbti sectors” as a risk to society. The educational level, as a variable that can be modified through public policies, enables cultural changes towards real social developments, favoring citizens' exercise and respect for human rights.
O objetivo deste trabalho foi analisar as variáveis com maior influência sobre a sensibilidade da percepção da discriminação em geral e particularmente em relação com as “pessoas dos setores LGBTI”. Em linha com este objetivo, foi estudado o papel mediador do nível educacional formal na sensibilização para a discriminação — definida como o comportamento que visa alienar ou ignorar uma pessoa ou uma comunidade —, com base na Pesquisa Multiusos da Secretaria Distrital de Planeamento e a Pesquisa Bienal de Culturas da Direção de Cultura Cidadã da Secretaria de Cultura, Recreio e Desporto, nas suas respetivas versões de 2017, aplicadas pela Alcaldía Mayor de Bogotá, Colômbia. As amostras da pesquisa incluíram 319 952 pessoas representando 8 052 740 pessoas e 16 312 pessoas representando 6 391 049 pessoas, respectivamente. O tipo de discriminação mais frequentemente observado foi baseado na orientação sexual e não na aparência física, raça, origem interior, religião, serem homem ou mulher, status econômico ou identificação com grupos sociais. Uma diferença significativa foi encontrada na percentagem de pessoas que tinham testemunhado discriminação com base na orientação sexual, de acordo com o nível educacional e a faixa etária do observador. Utilizando a técnica estatística de modelagem da árvore de decisão, verificou-se que as variáveis que mais pesam, por ordem de importância, para decidir se “uma pessoa dos setores lgbti é ou não um risco para a sociedade” foram: nível educacional, status socioeconômico, idade e gênero. Assim, as mulheres jovens e mais instruídas são menos propensas a perceber as “pessoas lgbti” como um risco para a sociedade. O nível de educação, como variável que pode ser modificada pelas políticas públicas, permite mudanças culturais rumo a verdadeiras evoluções sociais que favorecem o exercício e o respeito dos direitos humanos pelos cidadãos.