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Este texto é um ensaio que analisa as características gerais do Agesilau de Xenofonte, com o intuito de tecer novas possibilidades interpretativas acerca desta obra. Para tanto, discutimos a definição de encômio e épainos, optando por qualificarmos o Agesilau como um louvor, parte integrante do gênero do biográfico. Feito isso, nos empenhamos em conjeturar o arcabouço conceitual de Patrick Charaudeau sobre a Análise do Discurso das Mídias, evidenciando que a representação que Xenofonte constrói de Agesilau II esteve imersa em um “jogo de espelhos” que deformava a realidade, na mesma proporção que a refletia, demarcando que o épainos ao basileús lacedemônio correspondia às denúncias de seu autor aos desvios políticos das póleis, no decorrer do século IV a.C.
This text is an essay that analyzes the general characteristics of Xenophon's Agesilaus, with the aim of creating new interpretative possibilities about this work. With this objective, we discussed the definition of encomium and épainos, opting to qualify Agesilau as an eulogy, an integral part of the biographical genre. Having done this, we endeavor to conjecture Patrick Charaudeau's conceptual framework on Análise do Discurso das Mídias, demonstrating that the representation that Xenophon constructs of Agesilaus II was immersed in a “game of mirrors” that deformed reality, in the same proportion as reflected it, demarcating that the épainos to the Lacedaemonian basileús corresponded to its author's denunciations of the political deviations of the póleis, during the 4th century BC.
