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Maricela González Moya, Osvaldo Blanco
El artículo plantea un recorrido general, aunque no exhaustivo, sobre la noción de cuidados y su presencia y relevancia en la historiografía de género y examina cómo la investigación histórica puede nutrir y delinear nuevas discusiones. Se utiliza una metodología de revisión bibliográfica y narrativa que coteja estudios seleccionados según sus aportes y alcances. Al ser el cuidado un asunto transdiciplinario y de gran potencial heurístico, se contemplan tanto tópicos históricos como de otras ramas de las ciencias humanas y sociales. El concepto de cuidado se entiende aquí como una disposición afectiva y laboral, y es desde esas dimensiones que se exponen los principales debates y problemas, centrándonos específicamente en aquellos que han tenido mayor presencia en los estudios de género e historia: el trabajo doméstico, las profesiones feminizadas que cuidan a otros, las comunidades afectivas y el amor maternal. En el marco de la llamada crisis actual de los cuidados, se concluye que es necesario observar la temática en términos amplios y revalorizar sus aportes desde una teoría crítica del género, contemplando también una perspectiva historiográfica sensible a los contextos y capaz de flexibilidad interpretativa. El artículo se centra en las principales discusiones académicas sostenidas en Norteamérica y en países europeos, tratando de sumar esfuerzos para comprender los alcances teóricos y aplicados sobre los cuidados y reconocer que queda un amplio terreno por visitar. En las conclusiones se ofrece un panorama sobre las líneas temáticas y supuestos teóricos que podrían enriquecer las agendas futuras de investigación historiográfica sobre los cuidados.
The article presents a general, though not exhaustive, overview of the notion of care and its presence and relevance in gender historiography, examining how historical research can inform and shape new discussions. A bibliographic and narrative review methodology is used, comparing selected studies based on their contributions and scope. Given that care is a transdisciplinary issue with significant heuristic potential, both historical topics and those from other branches of the humanities and social sciences are considered. Care is understood here both as an affective and a labor disposition, and it is from these dimensions that the main debates and problems are presented, focusing specifically on those that have had the greatest presence in gender and history studies: domestic work, feminized professions that care for others, affective communities, and maternal love. In the context of the current care crisis, it is concluded that the topic needs to be viewed broadly and its contributions revalued from a critical gender theory perspective, also considering a historiographic perspective sensitive to contexts and capable of interpretive flexibility. The article focuses on the main academic discussions held in North America and European countries, aiming to contribute to understanding the theoretical and applied scope of care and acknowledging that there is still much ground to cover. The conclusions offer an overview of the thematic lines and theoretical assumptions that could enrich future historiographical research agendas on care.
Neste artigo, apresenta-se uma visão geral, embora não exaustiva, da noção de cuidado e de sua presença e relevância na historiografia de gênero, e examina-se como a pesquisa histórica pode alimentar e moldar novas discussões. Utiliza-se uma metodologia de revisão da literatura e narrativa que reúne estudos selecionados de acordo com suas contribuições e escopo. Como o cuidado é uma questão transdisciplinar com grande potencial heurístico, consideram-se tanto tópicos históricos quanto os de outros ramos das ciências humanas e sociais. O conceito de cuidado é entendido aqui como uma disposição tanto afetiva quanto laboral, e é a partir dessas dimensões que se apresentam os principais debates e problemas, concentrando-se especificamente naqueles que tiveram maior presença nos estudos de gênero e história: o trabalho doméstico, as profissões feminizadas que cuidam de outros, as comunidades afetivas e o amor materno. No contexto da chamada “crise atual do cuidado”, conclui-se que é necessário olhar para o tema em termos amplos e revalorizar suas contribuições a partir de uma teoria crítica de gênero, contemplando também uma perspectiva historiográfica sensível aos contextos e capaz de flexibilidade interpretativa. Concentra-se nas principais discussões acadêmicas realizadas na América do Norte e em países europeus, tentando unir esforços para compreender o escopo teórico e aplicado do cuidado e reconhecer que ainda há muito a ser percorrido. As conclusões oferecem uma visão geral das linhas temáticas e dos pressupostos teóricos que poderiam enriquecer as futuras agendas de pesquisa historiográfica sobre os cuidados.
