Fernando Texeira****
En las últimas dos décadas han proliferado las plataformas digitales que conectan a las trabajadoras del hogar con empleadores, pero la investigación académica sobre este fenómeno sigue siendo limitada. Aunque estas plataformas tienen el potencial de mejorar las condiciones laborales en el sector, todo indica que en muchos aspectos perpetúan la precariedad laboral que históricamente ha caracterizado el trabajo del hogar. Este artículo analiza si las condiciones laborales de las trabajadoras del hogar digitales difieren sustancialmente de las tradicionales. A partir de 24 entrevistas a trabajadoras en México, se examinan cuatro aspectos clave de tales condiciones: (i) horas y flexibilidad de horarios; (ii) carga laboral; (iii) ingresos y prestaciones; y (iv) discriminación, violencia y acoso. Los resultados muestran mejoras incrementales en las condiciones de las trabajadoras digitales, pero no una ruptura significativa con la precariedad histórica. El artículo busca enriquecer la literatura emergente sobre las plataformas dedicadas al trabajo del hogar, especialmente en el contexto del sur global y América Latina, donde han recibido poca atención hasta ahora. Además, se centra en la relación laboral presencial entre las trabajadoras y sus empleadores, un aspecto poco explorado en la investigación previa. Este estudio contribuye a una comprensión más completa de las dinámicas laborales en esta modalidad de trabajo emergente y subraya la necesidad de regulaciones laborales que incluyan a las trabajadoras del hogar vinculadas mediante plataformas digitales.
While digital platforms that connect domestic workers with employers have proliferated over the past two decades, academic research on this phenomenon remains limited. These platforms have the potential to improve working conditions in the sector, however, they often seem to perpetuate the job insecurity that has historically characterized domestic work. This article explores whether the working conditions of domestic workers on digital platforms differ significantly from traditional ones. Based on 24 interviews with workers in Mexico, it examines four key aspects of their conditions: (i) hours and schedule flexibility; (ii) workload; (iii) income and benefits; and (iv) discrimination, violence, and harassment. The findings reveal incremental improvements in the conditions of digital workers but no significant break from the historical precariousness. The article is intended to enrich the emerging literature on platforms dedicated to domestic work, especially in the context of the global south and Latin America, where they have received little attention so far. It focuses on the in-person employment relationship between workers and their employers, which has been little explored in previous research. The study contributes to a more comprehensive understanding of labor dynamics in this emerging work modality and highlights the need for labor regulations that include domestic workers connected through digital platforms.
Nas últimas duas décadas, proliferaram as plataformas digitais que conectam as trabalhadoras domésticas aos empregadores, mas as pesquisas acadêmicas sobre esse fenômeno continuam limitadas. Embora essas plataformas tenham o potencial de melhorar as condições de trabalho no setor, há indícios de que, em muitos aspectos, elas perpetuam a precariedade do trabalho que historicamente caracterizou o trabalho doméstico. Neste artigo, analisa-se se as condições de trabalho das trabalhadoras domésticas digitais diferem substancialmente das tradicionais. Com base em 24 entrevistas com trabalhadoras no México, examinam-se quatro aspectos-chave dessas condições: (i) horas e flexibilidade de horário; (ii) carga de trabalho; (iii) renda e benefícios; e (iv) discriminação, violência e assédio. Os resultados mostram melhorias incrementais nas condições das trabalhadoras digitais, mas não uma ruptura significativa com a precariedade histórica. No artigo, busca-se enriquecer a literatura emergente sobre plataformas dedicadas ao trabalho doméstico, especialmente no contexto do sul global e da América Latina, onde elas têm recebido pouca atenção até o momento. Além disso, concentra-se na relação de trabalho presencial entre os trabalhadores e seus empregadores, um aspecto pouco explorado em pesquisas anteriores. Este estudo contribui para uma compreensão mais completa da dinâmica trabalhista nesse modo emergente de trabalho e destaca a necessidade de regulamentações trabalhistas que incluam as trabalhadoras domésticas vinculadas por meio de plataformas digitais.