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Roberta Cruz Correia
, Jerônimo da Silva e Silva
Neste trabalho, situamos o município de Marabá, no sudeste do Pará, sua constituição histórica, social e cultural. Refletindo a relação das pessoas com os rios afluentes da cidade - Tocantins, Itacaiunas e Araguaia -, os períodos de inverno/verão amazônico e sua importância para a manutenção de práticas culturais e xamânicas. Foi realizada uma pesquisa no Instituto Xamânico Céu da Ayahuasca, dirigido por Kim Acácio e Iara Domingues, localizado às margens do rio Tocantins e inserido no Projeto de Assentamento Comunidade Boa Esperança, rastreando histórias sobre a criação do local e a relação do rio com as práticas xamânicas. Como metodologia, foi produzida uma entrevista semi-estruturada, etnografia participativa, utilizando caderno de campo e fotografias. Esboçamos a importância dos rios para a comunidade, bem como os atravessamentos xamânicos na cidade, nos rios e florestas nos rituais no/do Instituto.
In this work, we locate the municipality of Marabá, in the southeast of Pará, its historical, social and cultural constitution. Reflecting people's relationship with the city's tributary rivers - Tocantins, Itacaiúnas and Araguaia -, the Amazonian winter/summer periods and their importance for the maintenance of cultural and shamanic practices. Research was carried out at the Instituto Xamânico Céu da Ayahuasca, directed by Kim Acácio and Iara Domingues, located on the banks of the Tocantins River and included in the Boa Esperança Community Settlement Project, tracking stories about the creation of the place and the relationship between the river and the practices shamanic. As a methodology, a semi-structured interview, participatory ethnography, using field notebooks and photographs was produced. We outline the importance of rivers for the community, as well as shamanic crossings in the city, rivers and forests in rituals at the Institute.
