Acceso usuarios
Darío Reyes Reina, Márcia Siqueira Rapini, Ariane Agnes Corradi
En las últimas décadas se ha experimentado un crecimiento en el número de trabajos de reflexión en torno a la interacción universidad-industria como mecanismo para promover la innovación en los países, especialmente aquellos caracterizados por una colaboración frágil entre las organizaciones de ciencia y tecnología y el aparato productivo. Este artículo estudia a los científicos académicos colombianos que colaboran con la industria con el fin de comprender sus motivaciones y los canales de interacción empleados por estos. Con ese objetivo, se llevó a cabo una investigación de tipo cualitativo mediante entrevistas semiestructuradas con quince científicos y tres funcionarios involucrados en programas de transferencia de tecnología adscritos a la Universidad Nacional de Colombia. Como resultado, se identifican posiciones heterogéneas con respecto a la interacción universidad-industria, por lo que se propone la clasificación de estos actores en cuatro grupos: i) “Colaboradores circunstanciales”, que tienen contacto esporádico con la industria; ii) “Independientes”, que desarrollan sus propias iniciativas a través de spin-offs con contactos esporádicos con la industria; iii) “Integrados”, que ven a la industria como un socio estratégico y no desean emprender; y iv) “Emprendedores académicos”, quienes crean spin-offs y consideran a la industria como un socio estratégico. La principal contribución de este trabajo es la formulación de una tipología para los científicos académicos en el contexto de un país latinoamericano, lo cual tiene implicaciones para las oficinas de transferencia de tecnología en las instituciones de educación superior, a las que se hace un llamado a considerar la creación de iniciativas basadas en las tipologías propuestas, puesto que los incentivos que resultan ser de interés para un tipo de científico pueden no ser adecuados para otros.
Nas últimas décadas houve um aumento do número de estudos sobre a interação universidade-indústria como mecanismo de promoção da inovação em alguns países, especialmente aqueles caracterizados por uma frágil colaboração entre as organizações de ciência e tecnologia e o setor produtivo. Este artigo estuda os cientistas acadêmicos colombianos que colaboram com a indústria, a fim de compreender as suas motivações e os canais de interação por eles utilizados. Com esse objetivo, foi realizada uma pesquisa qualitativa através de entrevistas semiestruturadas com quinze cientistas e três funcionários envolvidos em programas de transferência de tecnologia junto à Universidad Nacional de Colombia. Como resultado, foram identificadas posições heterogêneas com relação à interação universidade-indústria, portanto, propõe-se classificar esses atores em quatro grupos: 1) “colaboradores circunstanciais”, que têm contatos esporádicos com a indústria; 2) “independentes”, que desenvolvem as suas próprias iniciativas através de spin-offs e que mantêm contatos esporádicos com a indústria; 3) “integrados”, que veem a indústria como um parceiro estratégico e não desejam empreender; e 4) “empreendedores acadêmicos”, que criam spin-offs e consideram a indústria um parceiro estratégico. A principal contribuição deste trabalho é a formulação de uma tipologia para cientistas acadêmicos no contexto de um país latino-americano, o que tem implicações para as instâncias de transferência de tecnologia das instituições de ensino superior, que são convidadas a considerar a criação de iniciativas baseadas nas tipologias propostas, uma vez que os incentivos que interessam a um tipo de cientista podem não ser apropriados para outros.
In recent decades there has been an intensification of reflections on university-industry interaction as a mechanism for promoting innovation in countries, especially those characterized by a fragile collaboration between science and technology organizations and the productive apparatus. This article examines Colombian academic scientists who collaborate with industry, understanding their motivations and the interaction channels they use. To do this, a qualitative-type research study was conducted through semi-structured interviews with fifteen scientists and three employees involved in technology transfer programs at the National University of Colombia. As a result, we identified heterogeneous positions regarding the university-industry interaction and proposed four groups: i) “Circumstantial collaborators,” who have sporadic contact with industry; ii) “Independent,” who develop their own initiatives through spin-offs with sporadic contacts with industry; iii) “Integrated,” who see industry as a strategic partner and do not wish to undertake entrepreneurship; and iv) “Academic entrepreneurs,” who create spin-offs and see industry as a strategic partner. The main contribution of this work is the typology of academic scientists in the context of a Latin American country, which has implications for technology transfer offices in universities, with a recommendation towards creating typology-based programs, since the incentives that work for one type of scientist may not be the right fit for others.
