Acceso usuarios
Rodrigo Reis Cyrino, Daury César Fabriz
La tutela es el procedimiento que tiene por objeto proteger a las personas que se encuentran enfermas o tienen alguna imposibilidad temporal o permanente en su salud física o mental, que les imposibilita actuar por sí mismas, al no tener plena capacidad en el marco de la ley civil. derecho a la práctica de actos, ya sean comerciales, de administración de bienes y derechos o incluso en relación con la rutina de su vida diaria, con la compra de alimentos, medicinas, vestido, etc., necesarios para su supervivencia y dignidad, lo que requiere el nombramiento de un curador para este efecto. Los requisitos para tal procedimiento pueden ser el simple contacto con la persona debilitada, la observación ocular o el diálogo, pero también el análisis de informes médicos que acrediten la incapacidad física y mental del sujeto. Y es en este contexto que surge el debate sobre la posibilidad de utilizar este procedimiento de manera extrajudicial, ya que los notarios y registradores son profesionales dotados del atributo de fe pública y pueden contribuir socialmente a agilizar en algunos casos el nombramiento de un curador, lo que cumplir con el mandamiento constitucional de la dignidad humana, el acceso a la justicia y la duración razonable del proceso, evitando mayor sufrimiento al tutelado, a todos sus familiares y amigos. Sin embargo, el objetivo de este trabajo es analizar el alcance del concepto de justicia y si la tutela puede ser un procedimiento no judicializado sin comprometer la seguridad jurídica.
Curatorship is the procedure that aims to protect people who are sick or who have some temporary or permanent impossibility in their physical or mental health, which makes it impossible for them to act on their own, as they do not have the full capacity under civil law for the practice of acts, whether business, administration of assets and rights or even in relation to their daily routine, with the purchase of food, medicines, clothing, etc., necessary for their survival and dignity, which requires the curator appointment for this purpose. The requirements for such a procedure can be the simple contact with the debilitated person, with the ocular observation or through a dialogue, but also with the analysis of medical reports that attest to the physical andmental incapacity of the subject.. And it is in this context that the debate about the possibility of using this procedure in the extrajudicial way arises, since notaries and registrars are professionals endowed with the attribute of public faith and can contribute socially to speed up the appointment of curator in some cases, which will comply with the constitutional command of the dignity of the human person, access to justice and a reasonable duration of the process, avoiding greater suffering to the trustee, all his family and friends. However, the objective of this work is to analyze the scope of the concept of justice and if the curatorship can be a dejudicialized procedure without compromising legal certainty.
A curatela é o procedimento que visa proteger as pessoas que estejam enfermas ou com alguma impossibilidade temporária ou permanente em sua saúde física ou mental, o que as inviabiliza de agirem por si sós, por não possuírem a capacidade plena nos moldes da lei civil para a prática de atos, sejam eles negociais, de administração de bens e direitos ou até mesmo em relação à sua rotina de vida diária, com a compra de alimentos, medicamentos, vestuários e etc., necessários à sua sobrevivência e dignidade, o que requer a nomeação de curador para tanto. Os requisitos para tal procedimento podem ser o simples contato com a pessoa debilitada, com a constatação ocular ou através de um diálogo, mas também com a análise de laudos médicos que atestem a incapacidade física e mental do sujeito. E é nesse contexto que surge o debate sobre a possibilidade de utilização desse procedimento na via extrajudicial, pois os notários e registradores são profissionais dotados do atributo da fé-pública e podem contribuir socialmente para dar celeridade na nomeação de curador em alguns casos, o que dará cumprimento ao comando constitucional da dignidade da pessoa humana, acesso à justiça e da duração razoável do processo, evitando maiores sofrimentos ao curatelado, a toda a sua família e amigos. Porém, o objetivo deste trabalho é analisar a abrangência do conceito de justiça e se a curatela pode ser um procedimento desjudicializado sem o comprometimento da segurança jurídica.
