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Gustavo Octaviano Diniz Junqueira, Bruno Paiva Garcia
En julio de 1924, oficiales del ejército brasileño y de la fuerza pública de São Paulo tomaron la ciudad de São Paulo en un intento de derrocar al presidente Artur Bernardes. Los conflictos duraron un mes y hubo cientos de muertos y heridos, además de la destrucción total o parcial de miles de propiedades. Una vez finalizado el levantamiento, los rebeldes fueron juzgados en un proceso multitudinario y complejo por la naturaleza de los temas debatidos y el número de imputados: más de 600 personas. El propósito de la investigación es el registro de este proceso y se enfoca en verificar el cumplimiento del debido proceso en momentos de crisis institucional, teniendo en cuenta la sanción de una ley posterior que cambió las reglas de competencia, dificultó el ejercicio del derecho de defensa y fue aplicado de forma retroactiva. Al final, buscamos verificar posibles puntos de convergencia entre el juicio ocurrido hace 100 años, la Ley Penal del Enemigo y el juicio de los casos del 8 de enero de 2023.
In July 1924, officers from the Brazilian army and the São Paulo public force took the city of São Paulo in an attempt to depose President Artur Bernardes. The conflicts lasted a month and there were hundreds of deaths and injuries, in addition to the total or partial destruction of thousands of properties. Once the uprising ended, the rebels were tried in a multitudinous and complex process due to the nature of the issues debated and the number of defendants –more than 600 people. The purpose of the research is the records of this process and focuses on verifying compliance with due processin times of institutional crisis, taking into account the enactment of a subsequent law that changed jurisdiction rules, made it difficult to exercise the right of defense and was applied in a retroactively. In the end, we seek to verify possible points of convergence between the trial that took place 100 years ago, the Criminal Law of the Enemy and the trial of the cases of January 8, 2023.
Em julho de 1924, oficiais do exército brasileiro e da força pública paulista tomaram a cidade de São Paulo na tentativa de deposição do presidente Artur Bernardes. Os conflitos duraram um mês e houve centenas de mortos e feridos, além da destruição total ou parcial de milhares de imóveis. Encerrado o levante, os revoltosos foram julgados em um processo multitudinário e complexo pela natureza das questões debatidas e pelo número de acusados – mais de 600 pessoas. A pesquisa tem por objeto os autos desse processo e se volta à verificação do cumprimento do devido processo em tempos de crise institucional, levando em conta a edição de lei posterior que alterou regras de competência, dificultou o exercício do direito de defesa e foi aplicada de forma retroativa. Ao final, busca-se verificar possíveis pontos de convergência entre o julgamento ocorrido há 100 anos, o Direito Penal do Inimigo e o julgamento dos casos de 8 de janeiro de 2023.
