A obesidade, uma epidemia complexa, progressiva, crônica, é caracterizada por excesso de gordura corporal. Estima-se que em 2025 a obesidade atingirá, mundialmente, 75 milhões de crianças em idade escolar, prejudicando seu desempenho e aumentando a incidência de agravos em saúde. Para minimizar esses efeitos, preconiza-se o desenvolvimento de hábitos saudáveis aliado à terapia medicamentosa. Entre as opções fármacos, há a utilização da semaglutida, um agonista do receptor do peptídeo 1, capaz de atuar positivamente na redução da massa corporal. Objetivou-se elencar os principais achados do tratamento com semaglutida em jovens obesos com menos de 18 anos de idade. A estratégia de busca foi feita nas bases de dados Virtual Health Library (BVS), Portal de Periódicos da CAPES, PubMed e Scielo, sendo que das 1.294 publicações, apenas duas fomentaram a revisão sistemática, visto que os estudos são amplamente realizados em adultos, carecendo de informações para sua usabilidade em menores de 18 anos. Dentre os principais achados, o uso de doses de até 2,4 mg semanais de semaglutida, apesar poderem resultar em efeitos gastrintestinais, vesiculares e cardíacos adversos, contribui significativamente com redução do índice de massa corporal e de fatores cardiometabólicos.