A Parada Cardiorrespiratória (PCR) é uma emergência médica com alta morbimortalidade. Durante uma reanimação cardíaca prolongada, o estado de hipóxia e hipoperfusão tecidual pode levar a uma lesão neurológica permanente, sendo importante existir estratificação de riscos e estabelecer um prognóstico pós PCR para tomar decisões terapêuticas. Assim, marcadores bioquímicos são estudados para oferecer uma avaliação prognóstica do paciente que sofreu uma PCR. Nesse contexto, a Enolase Específica do Neurônio (NSE) é alvo de pesquisas por ser uma enzima glicolítica com estabilidade em fluidos biológicos, podendo ser mensurada no líquido cefalorraquidiano e no sangue. Suas concentrações geralmente são baixas, podendo ter aumento enzimático em situações de hemólise, hipóxia e quebra da barreira hematoencefálica.