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Karoline Antunes Cardoso, Juliana Rezende Borges
INTRODUÇÃO: Após a instauração da pandemia de COVID-19, houve um aumento nos diagnósticos de ansiedade e depressão e na prescrição de psicofármacos para o tratamento destes transtornos. OBJETIVOS: Descrever o perfil de consumo de ansiolíticos e antidepressivos (ADs) durante a pandemia de COVID-19 e as possíveis repercussões em saúde mental. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura realizada por meio de busca nas bases PubMed e LILACS. 32 estudos foram encontrados, sendo 10 selecionados. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Em comparação com o período pré-pandêmico, a pandemia gerou um acréscimo de 27,6% nos diagnósticos de depressão e 25,6% de ansiedade e uma crescente busca por ADs e ansiolíticos, principalmente por mulheres jovens e idosos. Foi identificado, ainda, pico do consumo dos psicotrópicos no início da pandemia, podendo ser resultado do estresse psicológico devido as medidas de contenção e, também, do comportamento de estocagem. Ademais, pacientes submetidos aos testes de diagnóstico de Covid-19 apresentaram aumento nos transtornos mentais e no uso dos fármacos. CONCLUSÃO: O elevado índice de diagnósticos dos transtornos mentais e da prescrição de psicotrópicos leva a uma reflexão sobre o uso apropriado dessas drogas, principalmente em situações pandêmicas., que deve ser associado a um acompanhamento psicológico adequado e especializado.
