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Ester Alvarenga Rocha, Milene Fonseca de Sousa, Gabriela Raquel Silva Fernandes, Karina Moreira Rinco, Elen Cristina de Sousa, Gabriel Teixeira Ricardo, Lívia Julio Freitas, Síura Aparecida Borges
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por dificuldade de interação social e comportamentos repetitivos e restritivos, bem como alterações gastrointestinais, como constipação, diarreia e dor abdominal. A elucidação do autismo vai além do campo neurocognitivo, pois sugere-se que há uma conexão entre a microbiota intestinal e a etiologia do TEA. O presente estudo é uma revisão de literatura que pretende responder à pergunta: “Qual a relação entre o eixo microbiota-intestino-cérebro e o TEA?”. Para a seleção dos estudos, foram utilizadas as bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), PubMed e Scielo, com os descritores: “Transtorno do Espectro Autista”, “microbiota intestinal” e “cérebro”. As alterações na composição do microbioma entérico em crianças autistas relacionam-se, diretamente, aos sintomas neurocomportamentais e gastrointestinais presentes no TEA, fato este determinado pelo eixo microbiota-intestino-cérebro. Embora incerto, as evidências apontam que, a disbiose intestinal, as neurotoxinas, os defeitos de permeabilidade entérica e os processos neuroinflamatórios afetam o comportamento do cérebro e a saúde gastrointestinal. Estes achados são reforçados após melhora na sintomatologia do TEA com medidas terapêuticas de reequilíbrio do microbioma entérico. Conclui-se que, o eixo microbiota-intestino-cérebro pode estar envolvido tanto na fisiopatologia, quanto nas manifestações clínicas do TEA.
