Acceso usuarios
O artigo discute a questão da verdade, conjectura e retórica em relação ao Estado Constitucional no Brasil. Nicolau de Cusa é abordado como um pensador cuja visão da verdade como dinâmica e transcendente impulsiona a busca pela verdade divina por meio da conjectura. A retórica, analisada desde a Grécia antiga até Aristóteles, é apresentada como uma ferramenta de persuasão política, capaz de moldar a verdade conforme os interesses do discurso. A conexão entre a filosofia de Cusa e a retórica de Aristóteles evidencia como a busca pela verdade e a apresentação persuasiva desta estão intrinsecamente ligadas. A crise do Estado Constitucional é discutida, citando autores como Pedro de Veja Garcia e Roberto Gargarella, destacando a necessidade de um Estado que represente a diversidade social e promova os direitos fundamentais dos cidadãos. Embora tenha havido algum progresso entre 1988 e 2022, evidenciado pela redução do analfabetismo e pelo índice de Gini, o artigo aponta desafios persistentes na concretização dos direitos fundamentais e na distribuição de riqueza no Brasil. Por fim, o texto enfatiza a importância de um Estado que se assemelhe a um polígono se aproximando de um círculo, representando as necessidades de todos os grupos sociais. Abandonar abordagens ilusórias e manipuladoras é crucial para alcançar um Estado mais inclusivo e democrático.
