Introdução: Afogamento é a terceira causa de morte por lesões não intencionais em todo o mundo, estimando-se 236.000 afogamentos anuais. O problema torna-se maior em países em desenvolvimento, pois mais de 90% das mortes por afogamento não intencionais acontecem nesses locais. A idade é uma das variáveis mais importantes para entender a dimensão dessa problemática. Globalmente, a falta de supervisão de crianças está ligada a esse problema, uma vez que as maiores taxas de afogamento são observadas em crianças de 1 a 4 anos. Objetivos: Obter o perfil epidemiológico acerca do cenário estatal sobre afogamentos entre o grupo estudado e percepção de formas para conter essa causa evitável de óbitos. Metodologia: trata-se de um estudo retrospectivo, analítico, de abordagem quantitativa, observacional, e transversal, a partir de dados secundários provenientes do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), no período de 2010 a 2021 sobre óbitos de causas evitáveis que se enquadrem no CID-10 referente à afogamento e submersão acidental, entre indivíduos menores de 5 anos de idade. A avaliação será do estado do Tocantins utilizando dados populacionais providos do IBGE. Resultados e Discussão: Entre 2010 e 2021 foram registrados 86 óbitos por afogamento e submersão acidental entre a população menor que 5 anos de idade, no Estado do Tocantins. Desses, o ano com o maior número de óbitos aconteceu em 2013, e o menor foi em 2017 e 2018, com tendência de aumento desde então. Em relação ao sexo das vítimas, percebe-se cerca de 73,3% das vítimas são do sexo masculino e 26,7% do sexo feminino. a região do Capim dourado, região que inclui a capital Palmas, apresenta a maior incidência com 23,25% dos casos, logo após o médio norte do araguaia 17 casos registrados (19,75%). Considerações finais: O afogamento é sempre um acidente e, principalmente na faixa etária estudada, deve ser vista como um evento totalmente evitável. A compreensão desse fenômeno no estado por parte dos serviços assistenciais, bem o fortalecimento das ações para o atendimento e combate à essa causa de óbito evitável, além de contribuir para a sensibilização social na prevenção da questão de afogamentos fatais no Tocantins, conferindo maior visibilidade ao problema.