A democracia tem sido tema de debate recorrente entre filósofos e cientistas sociais e políticos. Entender a democracia de cada Estado nacional perpassa pela compreensão de como são escolhidos seus líderes políticos, como são formadas suas decisões políticas e qual poder de influência da população nessas decisões. O presente artigo tem por objetivo fazer uma discussão sobre essa problemática do ponto de vista da democracia brasileira e levando em conta as contribuições sobre democracia fornecidas por Max Weber, Joseph Schumpeter e Robert Dahl. Para tanto, as contribuições fornecidas por Max Weber são identificadas a partir da obra “Parlamentarismo e Governo numa Alemanha reconstruída” (1918); enquanto as de Joseph Schumpeter obtidas na obra “Capitalismo, socialismo e democracia” (1942) e as de Robert Dahl na obra “Poliarquia: participação e oposição” (1972). Conclui-se que a democracia brasileira vem se desenvolvendo de maneira lenta e gradual ao longo de sua história. A recente redemocratização marcou o retorno do método democrático no Brasil como um método institucional de seleção de líderes e inaugurou alguns meios institucionais de participação e interferência popular nas decisões políticos. Contudo, a falta de construção política dos cidadãos e as diversas práticas tradicionais clientelistas e de corrupção acabam por mitigar a atuação dos cidadãos na vida política e a influência desses nas decisões. A construção de uma democracia mais forte no Brasil ainda requer um caminho de lutas e discussões e uma mudança de paradigma.