Acceso usuarios
Maria Fernanda Celli de Oliveira, Laís Inês Sanseverinato Micheleti, Andreza Olivieri Lopes Carmignolli, Ana Laura Muzzeti Trindade, Luci Regina Muzzeti
Currently the themes related to Sex Education, undeniably essential to the development of each and every individual, have been widely discussed in various spheres of society, however, not always with the necessary scientificity. Some stereotypical discourses based on gaps and ignorance are still present socially, which contributes to the perpetuation of prejudices related to gender and sexuality, as well as attempts to insert the themes in the school environment. In this context, the present article brings a cut of a master's research carried out in 2017, and is based on the analysis of the discourse of three school agents about the contradictions tangent to Sex Education of children in Early Childhood Education and the responsibility of the school and the family in this context. For the elaboration of the semi-structured research carried out with the collaborators, we used the main concepts developed by Pierre Bourdieu and his team, namely, habitus, cultural capital, social capital, gender and cultural heritage. For data analysis, we used the praxeological method, also developed by the French sociologist. As results, we highlight the contradictions in the participants' statements, especially regarding the transfer of responsibility between school and family, as well as several disparities about the concepts related to the themes of Sex Education, Gender, and Sexuality. To conclude, we emphasize that the present study has the pretension to bring preliminary discussions about the importance of the relationship between school and family in theSexual Education of children, as well as the insertion of this science as pedagogical practice.
Atualmente os temas relacionados à Educação Sexual, indiscutivelmente imprescindíveis ao desenvolvimento de todo e qualquer indivíduo, vem sendo amplamente discutidos em vários âmbitos da sociedade, porém, nem sempre com a cientificidade necessária. Alguns discursos estereotipados e pautados em lacunas e desconhecimentos, ainda se fazem presentes socialmente, o que contribui para a perpetuação de preconceitos relacionados ao gênero e à sexualidade, bem como, às tentativas de inserções das temáticas no âmbito escolar. Neste contexto, o presente artigo traz um recorte de uma pesquisa de mestrado realizada no ano de 2017[1], e calca-se na análise do discurso de três agentes escolares acerca das contradições tangentes à Educação Sexual de crianças em fase de Educação Infantil e à responsabilização da escola e da família neste contexto. Para a elaboração da pesquisa semiestruturada realizada com as colaboradoras, utilizamos os principais conceitos desenvolvidos por Pierre Bourdieu e sua equipe, a saber, habitus, capital cultural, capital social, gênero e herança cultural. Para a análise dos dados, utilizamos o método praxiológico, também elaborado pelo sociólogo francês. Como resultados, destacamos as contradições existentes nas falas das participantes, sobretudo, no que se refere à transferência de responsabilização entre escola e família, além de diversas disparidades acerca dos conceitos referentes aos temas Educação Sexual, Gênero e Sexualidade. Para finalizar, ressaltamos que o presente estudo tem a pretensão trazer discussões preliminares acerca da importância da relação escola e família na Educação Sexual das crianças, bem como, da inserção desta ciência enquanto prática pedagógica.
