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Luiz Antonio da Silva dos Santos, Andrezza Maria Batista do Nascimento Tavares
The current stage of capitalism defines, based on its neoliberal prescriptions, new configurations for the global educational agenda. Its new guidelines recognize education as an indispensable process to insert countries in the process of competition, typical of the capital's ideology, as well as to make the educational system responsive and adjusted to the demandsof the global economy. In dialogue with the deepening of the neoliberal-managerialist logic in Brazil, this article proposes to critically reflect on the conception of teacher education expressed in Resolution CNE/CP n. 02/2019, as well as the confluence of interests between State institutions and business sectors and its reflections on the curricular dynamics for educator training. Regarding the methodological arrangements, we undertook a literature review and a document analysis in an attempt to understand the roots of the proposition and the conceptions set forth in Resolution CNE/CP n. 02/2019. With the critical analysis of several authors, such as: Gentili (1996), Freitas (1995), Antunes (2000), Ball (2005), Pimenta (2008), Azevedo (2008), Lima (2012), among others. The results point out that the formative guidelines advocated in 2019 are not configured in novelty, but in deepened reworkings of the neoliberal managerialist logic, initiated at the end of Fernando Henrique Cardoso's (FHC) government. These agents have been disputing the State apparatus for more than two decades and seek to impose an interpretative hegemony and the strengthening of networks of influence that seek to open markets in the educational field. It is established, therefore, that the neoliberal logic, which is now being strengthened and managed inside and outside the National Education Council, makes explicit, to a certain degree, the advance of educational managerialism that configured the 2019 Guidelines. Less autonomy and more control, less heterogeneity and more homogeneity, more useful knowledge and less critical knowledge synthesize the political conceptions under which they were thought and formulated.
O estágio atual do capitalismo define, com base em seu receituário neoliberal, novas configurações para a agenda educacional global. Suas novas diretrizes reconhecem a educação como um processo indispensável para inserir os países no processo de competição, próprio do ideário do capital, bem como tornar o sistema educacional responsivo e ajustado as demandas da economia global. Dialogando com o aprofundamento da lógica neoliberal-gerencialista no Brasil, esse artigo propõe refletir criticamente sobre a concepção de formação de professores exarada na Resolução CNE/CP n. 02/2019, assim como a confluência de interesses entre instituições do Estado e setores empresariais e seus reflexos sobre as dinâmicas curriculares para formação do educador. No tocante as disposições metodológicas, empreendemos uma revisão bibliográfica e uma análise documental na busca de compreender as raízes da proposição e das concepções exaradas na Resolução CNE/CP n. 02/2019. Com o aporte crítico de análise de diversos autores, tais como: Gentili (1996), Freitas (1995), Antunes (2000), Ball (2005), Pimenta (2008), Azevedo (2008), Lima (2012), dentre outros. Os resultados apontam que as diretrizes formativas preconizadas em 2019 não se configuram em novidade, mas em reelaborações aprofundadas da lógica gerencialista neoliberal, iniciada no final do governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC). Esses agentes disputam o Aparelho Estatal há mais de duas décadas e buscam impor uma hegemonia interpretativa e o fortalecimento das redes de influência que buscam a abertura de mercados no campo educacional. Está posto, pois, que a lógica neoliberal, que hoje se fortalece e é gestada dentro e fora do Conselho Nacional de Educação, explicita, em certo grau, o avanço do gerencialismo educacional que configurou as Diretrizes de 2019. Menos autonomia e mais controle, menos heterogeneidade e mais homogeneidade, mais conhecimento útil e menos conhecimento crítico sintetizam as concepções políticas sob as quais elas foram pensadas e formuladas.
