Pedro Henrique Neves Iequer, Gabriel Pinto Borgas, André Felipe Simões, Mariana Soares Domingues
Due to the intense emission of greenhouse gases (GHG) in the production and consumption of energy related to the global energy matrix, analyzing climate change mitigation measures, such as using renewable energy sources, becomes essential in combating such changes. In the specific case of Brazil, this is very relevant given the growing participation of fossil sources (to generate electricity in thermoelectric plants), in the country, in the last decade. In this context, this work aims to establish, characterize and analyze the relationships between the likely impacts of climate change in the context of renewable energy sources vis-à-vis the country’s NDCs under the Paris Agreement. The methodology was based on a systematic literature review, analysis of primary data on the Brazilian energy system, and interviews with stakeholders. It was possible to conclude that hydroelectric plants and those based on solar and wind energy tend to register a reduction in their electricity generation potential in Brazil; however, the last two can still be used on a large scale until at least the end of the current 21st century. In contrast, electricity generation based on biofuels should be the renewable source potentially least affected by climate change.
Devido à intensa emissão de gases de efeito estufa (GEE) na produção e consumo de energia correlata à matriz energética mundial, a análise de medidas de mitigação das mudanças climáticas, tal como o uso de fontes renováveis de energia, torna-se uma ferramenta essencial no combate a tais mudanças. No caso específico do Brasil, isto é deveras relevante dada a crescente participação de fontes fósseis (para fins de geração de eletricidade em termelétricas), no país, na última década. Nesse contexto, o objetivo do presente trabalho é estabelecer, caracterizar e analisar as relações entre os prováveis impactos das mudanças climáticas no contexto das fontes energéticas renováveis vis-à-vis as NDCs do país sob o Paris Acordo. A metodologia baseou-se em revisão sistemática da literatura, análise de dados primários sobre o sistema energético brasileiro, além de entrevistas com stakeholders. Foi possível concluir que as usinas hidrelétricas e as baseadas em energia solar e eólica tendem a registrar uma redução em seus potenciais de geração de eletricidade no Brasil; no entanto, as duas últimas ainda podem ser usadas em larga escala até pelo menos o final do corrente século XXI. Em contraste, a geração de eletricidade baseada em biocombustíveis deve ser a fonte renovável potencialmente menos afetada pelas mudanças climáticas.