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os debates contemporâneos sobre participação social nas cidades ultrapassaram há muito as fronteiras da filosofia política e da teoria democrática, alcançando reflexões no campo do planejamento urbano e em áreas correlatas. Nesses debates, têm ganhado força leituras alternativas sobre a democracia participativa, extrapolando em muito seus elementos formais e arranjos institucionais. Um desafio que se coloca aqui é se a mera existência de espaços formais é capaz de gerar engajamento e adesão dos cidadãos a esses espaços. O presente artigo pretende discutir este problema, mobilizando, para tanto, a ideia de democracia como cooperação reflexiva, de Axel Honneth, como conceito apto a enfrentá-lo. Objetiva-se, com isso, compreender como é possível obter mais engajamento da sociedade nos debates relativos à política urbana. Espera-se como resultado contribuir com uma parte importante desta discussão, que é essencial ao aperfeiçoamento da percepção da democracia nas cidades.
Contemporary debates on social participation in cities have long gone beyond the boundaries of political philosophy and democratic theory, reaching reflections in the field of urban planning and related areas. In these debates, alternative readings of participatory democracy have gained strength, going far beyond its formal elements and institutional arrangements. A challenge that arises here is whether the mere existence of formal spaces is capable of generating citizen engagement and adherence to these spaces. This article intends to discuss this problem, mobilizing, for this purpose, the idea of democracy as reflexive cooperation, by Axel Honneth, as a concept capable of facing it. The aim is to understand how it is possible to obtain more engagement from society in debates relating to urban policy. The result is expected to contribute to an important part of this discussion, which is essential to improving the perception of democracy in cities.
