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Buscamos mostrar la polisemia del concepto de hegemonía en los textos de Antonio Gramsci, abordándolos como un laboratorio de múltiples ensayos en los que este se desarrolla. Sostenemos que no existe un único concepto gramsciano de hegemonía posible de ser restituido en su origen textual. Pensarlo (y con él a sus reapropiaciones) implica lidiar con esta diversidad de sentidos que aparecen a lo largo de los textos precarcelarios de Gramsci y de sus Cuadernos de la cárcel. Para sostener la productividad del concepto es necesario intentar desentrañar los elementosque residen en esta polisemia que han sido la base del desarrollo ulterior de distintas teorías de la hegemonía en las ciencias sociales y humanas. Por ello apuntamos a reconstruir el concepto de hegemonía a partir del reconocimiento de la multiplicidad de sus usos en Gramsci. Una multiplicidad que, lejos de resolver en una unidad, buscamos mantener para interrogar. Nuestro acercamiento, entonces, consistirá en dar cuenta de las formas del concepto de hegemonía a lolargo de los textos gramscianos para interrogarlas teóricamente.
This paper shows the polysemy of Antonio Gramsci’s concept of hegemony. UnderstandingGramscian texts as a laboratory in which the concept of hegemony develops through a series of “experiments”, I argue that the concept does not have a single original meaning that can be restored through a textual analysis. To problematize the concept of hegemony – and its re-appropriations – necessarily implies dealing with the multiple meanings that can be found in both his precarcelary texts and the Prison Notebooks. In order to maintain the richness of the concept, it is then necessary to unravel the different elements that reside in its polysemy; elements that have become the basis of diverse theoretical reappropriations in social and human sciences. Therefore, I propose a reconstruction of the concept of hegemony, starting from the recognition of the multiplicity of its uses throughout Gramsci’s texts. Instead of attempting to resolve this multiplicity in a synthetic unit, the central task of this paper is to account for these diverse meanings as well as to theoretically analyze them.
O presente trabalho busca mostrar a polissemia do conceito gramsciano de “hegemonia”. Os textos gramscianos são aqui considerados como um laboratório de ensaios nos quais esse conceito é desenvolvido de várias maneiras. Portanto, não há um único conceito de hegemonia em Gramsci que possa ser restaurado à sua origem. Pensar esse conceito e com ele suas reapropriações, implica lidar com essa diversidade de sentidos que aparece nos textos préprisão de Gramsci e nos Cadernos da Cárcere. Consideramos que para sustentar a produtividade do conceito é necessário tentar desvendar os elementos que residem nesta polissemia que serviram de base para o posterior desenvolvimento de diferentes teorias em torno da hegemonianas ciências sociais e humanas. Portanto, neste trabalho pretendemos reconstruir o conceito de hegemonia a partir do reconhecimento da multiplicidade de seus usos segundo Gramsci. Uma multiplicidade que, longe de ser resolvido em uma unidade, procuramos manter para interrogar e questionar. Nossa abordagem, então, consistirá em apresentar as formas desse conceito de trabalho gramsciano a fim de analisá-las teoricamente.
