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Claudia Bitti Leal Vieira
, Nelson Camatta Moreira
Contra el trasfondo histórico de la violación sexual sistemática de mujeres coreanas perpetrada por Japón durante la Segunda Guerra Mundial, así como el silencio posterior del Tribunal de Tokio sobre los crímenes y el activismo continuo de las sobrevivientes por el reconocimiento de las violaciones y la compensación, el artículo busca responder al problema de investigación: teniendo como referente la obra Hierba, de Keum Suk Gendry-Kim, ¿qué se puede concluir sobre el papel de la literatura en el proceso de lucha por los derechos humanos? Desde una comprensión de los derechos humanos como un proceso de apertura de espacios de lucha, según David Sánchez Rubio; considerando los aportes del pensamiento de Walter Benjamin en sus tesis II, VIII y IX Sobre el concepto de Historia; y con base en los estudios de Derecho y Literatura, se concluye que la literatura puede ser un mecanismo de reafirmación de los derechos humanos al abrir espacios de reconocimiento, reivindicación de la memoria y lucha por la reparación, en resistencia a los intentos de borrado histórico, a veces legitimados o facilitados por el derecho.
Diante do pano de fundo histórico da sistemática violação sexual de mulheres coreanas perpetrada pelo Japão durante a Segunda Guerra Mundial, bem como o subsequente silêncio do Tribunal de Tóquio sobre os crimes e o contínuo ativismo das sobreviventes pelo reconhecimento das violações e indenização, o artigo busca responder o problema de pesquisa: tendo por referência a obra Grama, de Keum Suk Gendry-Kim, o que é possível concluir acerca do papel da literatura no processo de luta pelos direitos humanos? A partir de uma compreensão dos direitos humanos como um processo de abertura de espaços de luta, conforme David Sánchez Rubio; considerando os aportes do pensamento de Walter Benjamin em suas teses II, VIII e IX Sobre o conceito de História; e apoiando-se em estudos de Direito e Literatura, conclui-se que a literatura pode ser um mecanismo de reafirmação dos direitos humanos através da abertura de espaços de reconhecimento, reivindicação da memória e luta por reparações, em resistência a tentativas de apagamento histórico por vezes legitimadas ou facilitadas pelo Direito.
Against the historical background of the systematic sexual violation of Korean women perpetrated by Japan during World War II, as well as the subsequent silence of the Tokyo Tribunal on the crimes and the continued activism of survivors for the recognition of violations and compensation, the article seeks to answer the research problem: having as reference the work Grass, by Keum Suk Gendry-Kim, what can be concluded about the role of literature in the process of struggle for human rights? From an understanding of human rights as a process of opening spaces for struggle, according to David Sánchez Rubio; considering the contributions of Walter Benjamin's thought in his theses II, VIII and IX On the concept of History; and based on studies of Law and Literature, it is concluded that literature can be a mechanism for the reaffirmation of human rights by opening spaces for recognition, claiming memory and fighting for reparations, in resistance to attempts at historical erasure at times legitimized or facilitated by the law.
