Because of its content, because it highlights the immense inequality between men and women of flesh and blood, the modern or bourgeois novel educates the reader in what Martha Nussbaum calls "judgment of similar possibilities", encourages him to perceive the equal dignity of people: it is, therefore, a formidable promoter of the moral and legal value of equality. The modern novel does not limit itself to offer the public that individuals change according to circumstances, it accustoms them to thinking that they have the right to want to change: its appearance was therefore also a significant psychological factor in social mobility. After having unmasked the alibi of economic and social success as a synonym of merit and virtue and thus having called into question the imperfect affirmation of equality in the order of political relations (ending, in other words, the form of census democracy), literature presses today to free the principle of equality, universalist by essence, from another contradiction: from the decline on a small scale of individual and separate States. This is just one of the good reasons to introduce a little literature in the training of lawyers.
Por seu conteúdo, por evidenciar a imensa desigualdade entre homens e mulheres de carne e osso, o romance moderno ou burguês educa o leitor naquilo que Martha Nussbaum denomina "juízo de possibilidades semelhantes", estimula a perceber a igual dignidade das pessoas: ele é, portanto, formidável promotor do valor moral e jurídico da igualdade. O romance moderno não se limita a oferecer ao público que os indivíduos mudam de acordo com as circunstâncias, ele o acostuma a pensar que se têm o direito de querer mudar: a sua aparição foi, portanto, também um significativo fator psicológico da mobilidade social. Depois de ter desmascarado o álibi do sucesso econômico e social como sinônimo de mérito e virtude e de, assim, ter colocado em xeque a imperfeita afirmação da igualdade na ordem das relações políticas (acabando, em outras palavras, com a forma da democracia censitária), a literatura pressiona hoje para libertar o princípio da igualdade, universalista por essência, de outra contradição: do declínio em reduzida escala dos Estados individuais e separados. Esta é apenas uma das boas razões para introduzir um pouco de literatura na formação dos juristas.
Per i suoi contenuti, per mostrare l’infinita diseguaglianza degli uomini e delle donne in carne e ossa, il romanzo moderno o borghese educa il lettore a quello che Martha Nussbaum chiama «il giudizio delle analoghe possibilità», stimola a percepire la pari dignità delle persone: è dunque un formidabile promotore del valore morale e giuridico dell’eguaglianza. Il romanzo moderno non si limita a mostrare al pubblico che in relazione alle circostanze gli individui cambiano, ma lo abitua a pensare che abbiano giusto titolo a voler cambiare: la sua comparsa fu quindi anche un rilevante fattore psicologico di mobilità sociale. Dopo aver smascherato l’alibi del successo economico e sociale come sinonimo di merito e di virtù, e con ciò posto fine all’imperfetta affermazione dell’eguaglianza nell’ordine dei rapporti politici (posto fine, in altri termini, alle forme della democrazia censitaria), la letteratura spinge oggi per affrancare il principio d’eguaglianza, per sua essenza universalistico, da un’altra contraddizione: dalla declinazione nella scala ridotta dei singoli e separati Stati. È questo solo uno dei buoni motivi per dare ingresso a un po’ di letteratura nella scuola dei giuristi.