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Brasil
Crab fishing with cages has the largest local productive arrangement in Brazil on the coast of Paraná, where approximately 200 families survive by the activity, however, the consolidation of these productive arrangements is apparently far from being achieved. Previous studies revealed the activity had economic and sociocultural importance on the coast of Paraná. Nevertheless, they indicated more in-depth studies should be carried out regarding the sustainability of this new method of fishing activity. Therefore, exploratory descriptive research was carried out with 30 fishermen between April and September 2023. This study aimed to promote a characterization of the APL of crab fishing with cages compared to the same region in the past decade, generating a newpanorama of the situation. All fishermen interviewed reported a decrease in the number of crustaceans captured, which may be due to the growth in the number of families involved in the activity, which showed significant growth (n=157%) in a decade and also that among new extractors, a significant part originates from urban areas and are unaware of traditional knowledge about the biology of the species. Direct sales to the consumer, which represented 20% of the sales volume in the past decade, are no longerpracticed, the fisherman currently receives only 3.20% of the mark-up of the production arrangement while the middlemen and the network Gastronomy account for 96.8%, which allows us to state the trading system currently adopted has become even more asymmetrical to fishermen, when compared to the past decade. However, there is an urgent need for the community itself to develop new learning. Self-organization appears to be a path to initially change this situation and reverse the decline that the activity is, apparently, heading towards, without organization and strengthening of the social fabric, probably in the coming decades new studies will point out the need to prohibit this capture system. Finally, the collective organization can represent the most solid path towards mitigating the reported problems and consequently increasing bargaining power with other actors involved in the local productive arrangement.
A pesca de siri com gaiolas tem o maior arranjo produtivo local do Brasil no litoral do Paraná em que aproximadamente 200 famílias sobrevivem da atividade, no entanto a consolidação destes arranjos produtivos aparentemente está distante de ser efetivado. Estudos anteriores revelaram que a atividade apresentava importância econômica e sociocultural no litoral do Paraná, ainda assim apontavam que deveriam ser efetuados estudos mais aprofundados no que tange a sustentabilidade dessa nova modalidade de atividade pesqueira. Diante deste contexto, foi realizado uma pesquisa exploratória descritiva junto a 30 pescadores entre abril e setembro de 2023, que visou promover uma caracterização do APL de pesca de siri com gaiolas em comparação com a mesma região na década passada, gerando um novo panorama da situação. A totalidade dos pescadores entrevistados relataram a diminuição da quantidade de crustáceos capturados, que pode estar ocorrendo devido ao crescimento do número de famílias envolvidas com a atividade, que apresentou significativo crescimento (n=157%) em uma década e, também, que entre os novos extratores, significativa parte tem origem do meio urbano e desconhecem os conhecimentos tradicionais sobre a biologia da espécie. A venda direta ao consumidor, que representava 20% do volume da comercialização na década passada, não é mais praticada, o pescador atualmente fica com apenas 3,20% do mark-up (lucro líquido) do arranjo produtivo enquanto os atravessadores e a rede gastronômica ficam com 96,8% o que permite afirmar que o sistema de comercio atualmente adotado se tornou ainda mais assimétrico ao pescador, quando comparado à década passada. No entanto urge que a própria comunidade desenvolva uma nova aprendizagem. A auto-organização aparenta um caminho para a mudança inicial dessa situação e da reversão do declínio que a atividade aparentemente se encaminha, sem a organização o e fortalecimento do tecido social, provavelmente, nas próximas décadas novos estudos apontarão a necessidade de proibição deste sistema de captura. Finalmente a organização coletiva pode representar o caminhar mais sólido na mitigação dos problemas relatados e a consequentemente a elevação do poder de barganha junto aos outros atores envolvidos no arranjo produtivo local.
