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Agostinho de Hipona (354–430 d.C.), reconhecido filósofo e teólogo da cristandade, em suas buscas intelectuais e de fé, especulou de maneira competente sobre diversos temas, entre eles a natureza de Deus. E o fez a partir de múltiplas imagens e ideias que reuniu ao longo de sua trajetória, marcada pela leitura de autores clássicos e pelo contato com pensadores que, religiosos ou pagãos, foram seus contemporâneos. Plotino (205–270 d.C.), por certo, figura como uma das mais destacadas dessas referências. Ao assumir a análise documental como método, o presente artigo se dedica ao exame dos escritos de Agostinho, notadamente de suas Confissões, com a proposta de identificar neles registros — apropriados ou ressignificados — do divino à luz dos esquemas neoplatônicos de entendimento dos mundos imanente e transcendente.
Augustine of Hippo(354-430 CE), recognized philosopher and theologian of Christendom, in his intellectual and faith searches, speculated competently on various themes, among them the nature of God. And he made him from multiple images and ideas he gathered along his trajectory, marked by the reading of classic authors, and contact with thinkers who, religious or pagan, were his contemporaries. Plotinus (205-270 CE), certainly, figure as one of the most outstanding of these references. By assuming documentary analysis as a method, this article is dedicated to the examination of Augustine’s writings, notably from confessions, with the proposal to identify in them appropriate or reworked records in the Divine in the light of the neoplatonic schemes of understanding of the immanent and transcendent worlds.
