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Bárbara Stallings, Wilson Peres
Publicaciones de una década atrás reflejaron una visión pesimista de las reformas del mercado que Latinoamérica efectuó en las décadas de 1980 y 1990, mismas que fueron atacadas abiertamente por muchos políticos. Ciertamente, la atmósfera ha sido tan negativa que sería razonable suponer que la mayoría de las reformas hayan sido revertidas. Hacemos una nueva evaluación diez años después. Nuestro argumento es que las reformas no han dado marcha atrás en general. Las reversiones que se dieron han sido con respecto a la privatización en algunos pocos países; la opinión negativa del público también se concentra en la privatización; y las reformas ayudaron a posibilitar a que América Latina aprovechara las condiciones favorables que llevaron a crecimientos elevados en el período de boom entre 2004 y 2008 y un desempeño relativamente fuerte durante la crisis de 2008–9. Aunque todavía hay mucho que hacer para elevar el crecimiento y mejorar la distribución, se necesita información objetiva sobre las reformas cuando se diseñen las políticas del futuro.
Literature published a decade ago reflected a pessimistic view of the market-oriented reforms that Latin America carried out in the 1980s and 1990s, and many politicians have attacked these reforms openly. Indeed, the atmosphere is so negative that it would be reasonable to assume that many of the reforms have been reversed. This paper will take a new look at the situation ten years later. Our argument is that the reforms have generally not been reversed. The reversal that has occurred has been with respect to privatisation in a few countries; negative public opinion is also concentrated on privatisation; and the reforms helped to enable Latin America to take advantage of favourable conditions leading to high growth in the 2004–8 boom period and a relatively strong performance during the 2008–9 crisis. While much remains to be done to raise growth and improve distribution, objective information about the reforms is needed when policies for the future are made.
A literatura publicada há uma década atrás refletia uma visão pessimista das reformas orientadas pelo mercado realizadas na América Latina nos anos 1980 e 1990. Muitos políticos já as criticaram abertamente. De fato, o ambiente é tão coibitivo que seria razoável assumir que muitas das reformas foram revertidas. Dez anos depois, tomamos uma nova perspectiva: argumentamos que, no geral, as reformas não foram revertidas. A reversão que ocorreu diz respeito à privatização em alguns países. A opinião pública negativa também concentra-se nas privatizações; as reformas auxiliaram a capacidade da América Latina de aproveitar condições favoráveis que levaram ao alto crescimento no período de boom de 2004–8 e um desempenho relativamente bom durante a crise de 2008–9. Embora ainda haja muito a ser feito para elevar o crescimento e melhorar a distribuição, informações objetivas sobre as reformas são necessárias para a formulação de políticas para o futuro.
