Brasil
En este artículo analizamos los informes de sostenibilidad de Vale S.A. y Alcoa / Alumar correspondientes al período 2006-2015, para comprender las formas en que los agentes empresariales actúan en situaciones de conflicto con las comunidades tradicionales. Como microenfoque, abordamos el conflicto ambiental entre empresas, gobiernos y comunidades que se ha producido desde mediados de la década de 1990 en la Zona Rural II de São Luís-MA, derivado de la intrusión de emprendimientos en territorios de comunidades tradicionales que, desde entonces, han estado exigiendo la implementación de una unidad de conservación, la Reserva Extractiva de Tauá-Mirim. La metodología adoptada fue el análisis del discurso en perspectiva comparada, teniendo como principales resultados: a) la observación de una forma de actuación integral de los agentes empresariales en diferentes localizaciones en conflicto a partir de experiencias y adecuación a las normas ambientales vigentes; b) la activación de conceptos clave como el desarrollo y la sostenibilidad en la legitimación de las acciones de las empresas, presentes en los informes; y c) informes de sostenibilidad como documentos de rendición de cuentas para los accionistas y la sociedad civil y de publicidad de la eficacia de las acciones destinadas a promover el desarrollo y la sostenibilidad en los lugares donde actúan, en contraposición a los procesos reivindicativos comunitarios.
In this article, we analyze sustainability reports from Vale S.A. and Alcoa / Alumar for the period 2006-2015, to understand the ways in which business agents act in situations of conflict with traditional communities. As a micro focus, we address the environmental conflict between companies, governments and communities that has been occurring since the mid-1990s in Rural Zone II of São Luís-MA, derived from the intrusion of ventures in territories of traditional communities that, since the period, have pleaded for implementation of a conservation unit, the Extractive Reserve of Tauá-Mirim. The adopted methodology was the analysis of the speech in a comparative perspective, having as main results: a) the observation of a comprehensive form of action by business agents in various localities in conflict, based on experience and adaptation to current environmental standards; b) the activation of key concepts such as development and sustainability for the legitimization of the companies’ actions, present in the reports; and c) sustainability reports as documents of accountability to shareholders and civil society, in addition to advertising the effectiveness of enterprises in promoting development and sustainability in the localities where they operate, as opposed to community claim processes.
Neste artigo analisamos os relatórios de sustentabilidade das empresas Vale S.A. e Alcoa/Alumar, referentes ao período 2006-2015, para compreender as formas de atuação de agentes empresariais em situações de conflito com comunidades tradicionais. Como enfoque micro, abordamos o conflito ambiental entre empresas, governos e comunidades que ocorre desde meados da década de 1990, na Zona Rural II de São Luís (Maranhão), derivado da intrusão de empreendimentos em territórios de comunidades tradicionais que, desde o período, pleiteiam pela implementação de uma unidade de conservação, a reserva extrativista de Tauá-Mirim. A metodologia adotada foi a análise do discurso em perspectiva comparada, tendo como principais resultados: a) a observação de uma forma de atuação abrangente dos agentes empresariais em diversas localidades em conflito a partir de experiências e adequação às normas ambientais vigentes; b) o acionamento de conceitos-chave como desenvolvimento e sustentabilidade na legitimação das ações das empresas, presentes nos relatórios; e c) os relatórios de sustentabilidade como documentos de prestação de contas para acionistas e sociedade civil e de propaganda da eficácia dos empreendimentos na promoção do desenvolvimento e da sustentabilidade nas localidades onde atuam, em contraposição a processos reivindicatórios comunitários.