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Play is a source of numerous stimuli to the cognitive, social and affective development of the child, offers him opportunities to perform collective activities, contribute to the learning process, stimulates the development of basic skills, acquisition of new knowledge being also an important way of self-expression. In this sense, the present study aims to reflect on the construction of gender relations from the school playground. We therefore believe that gender relations relate to something culturally constructed by society, and are no different within the educational institution, because children being female and male play this stereotypical role in which men and women must be different in their behavior, and in play there is a very well established relationship with gender issues. This study is based on theorists such as Kishimoto (2008), Louro (1997; 2007; 2011), Piaget (1983), among others. Through ethnography from school playgrounds, we observed many aspects that produce children to identify, accept and recognize themselves within social standards of gender: toys, play, books, words, gestures. Although these issues are implicit in the day-to-day life of the school, permeated in pedagogical practices, it is still far from the discussions in teacher training courses, little is discussed about gender issues in the context of pedagogical meetings. The major step is to recognize that the school is not neutral, it participates entirely in the construction of gender identity and in an unequal manner.
A brincadeira é fonte de inúmeros estímulos ao desenvolvimento cognitivo, social e afetivo da criança, oferece-lhe oportunidades de realizar atividades coletivas, contribuir para o processo de aprendizagem, estimula o desenvolvimento de habilidades básicas, aquisição de novos conhecimentos sendo também uma maneira importante de auto expressão. Nesse sentido, o presente estudo tem por objetivo refletir acerca da construção das relações de gênero a partir do recreio escolar. Entendemos, portanto, que as relações de gênero dizem respeito a algo culturalmente construído pela sociedade, não sendo diferente dentro da instituição de ensino, pois as crianças sendo do sexo feminino e masculino exercem esse papel estereotipado em que homens e mulheres devem ser diferentes nos seus comportamentos, e nas brincadeiras o qual existe uma relação muito bem estabelecida com as questões de gênero. Esse estudo é pautado em teóricos/as como Kishimoto (2008), Louro (1997; 2007; 2011), Piaget (1983), dentre outros/as. Por meio da etnografia a partir do recreio escolar observamos muitos são os aspectos que produzem as crianças para que se identifiquem, aceitem e se reconheçam dentro de padrões sociais de gênero: brinquedos, brincadeiras, livros, palavras, gestos. Apesar destas questões estarem implícitas no dia-a-dia da escola, permeadas nas práticas pedagógicas, ainda está longe das discussões nos cursos de formação do professor, pouco se discute as questões de gênero no âmbito de reuniões pedagógicas. O grande passo é reconhecer que a escola não está neutra, ela participa inteiramente da construção da identidade de gênero e de forma desigual.
