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Christiano Felix dos Anjos, Claudiana Raymundo dos Anjos, Alessandra Silveira Rocha, Barbara Santana dos Santos de Santana, Denise Meyrelles de Jesus, Renata Santos Venturini, Leoneida Ladeira Rodrigues Macedo, Lucas de Souza Leite
A Educação Especial e a Educação do Campo em interface possuem um silenciamento histórico que acontece tanto nas práticas escolares quanto na produção de conhecimento científico. Compreendemos que as duas modalidades são permeadas por muitas fragilidades que tomam forças cada vez maiores, a ponto dessas experiências serem invisibilizadas. O presente trabalho tem como objetivo apresentar um recorte de nossa pesquisa de dissertação e teve em seu o objetivo desvelar e problematizar a Interface entre a Educação Especial e a Educação do Campo a partir dos sujeitos que produziram conhecimentos sobre essas duas modalidades no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Espírito Santo – PPGE/Ufes. Buscamos (des)territorilizar e (re)territorializar discursos hegemônicos que invisibilizam ambas as modalidades que impedem que elas se percebam. Nesse sentido, para além de analisar as produções acadêmicas, fomos ao encontro dos seus autores, que nos permitiram a ampliação da dimensão de suas pesquisas para compreender o que se encontrava para além do texto escrito; novos/outros olhares que permitiam desvelar pistas sobre a Interface, mas que não foram tematizados em seus relatórios de pesquisa. Buscamos superar os textos acadêmicos e a centralidade discursiva presente nas suas dissertações e teses. A partir disso, com o objetivo de visibilizar a Interface entre a Educação Especial e Educação do Campo dentro da pesquisa dessa autora, realizamos uma entrevista semiestruturada para evidenciar pistas sobre a interface. Como considerações, percebemos a materialização de mecanismos que silenciam as realidades da Educação Especial presente no Campo que são: a negação da existência desses sujeitos; as relações da comunidade e família, perpassando pela sua invisibilização pelo Poder Público; o acesso à escolaridade, delegando às instituições especializadas o trato/cuidar dessas pessoas. Evidenciamos também a necessidade de superar de dicotomias para evitar os mecanismos de silenciamento entre as duas modalidades.
Special Education and Field Education interfaced have a historical silence that happens both in school practices and in the production of scientific knowledge. We understand that the two modalities are permeated by many weaknesses that take on increasing forces, to the point of these experiences being invisibly. The present work aims to present a recap of our dissertation research and had in its objective to unveil and problematize the Interface between Special Education and Field Education from the subjects who produced knowledge about these two modalities in the framework of the Graduate Program in Education of the Federal University of Espírito Santo -PPGE/Ufes. We seek to (de)territorialize and (re)territorialize hegemonic discourses that invisibilize both modalities that prevent them from being perceived. In this sense, in addition to analyzing academic productions, we went to meet their authors, who allowed us to expand the dimension of their research to understand what was to be found beyond the written text; new/other looks that allowed us to unveil clues about Interface, but that were not themed in their research reports. We seek to overcome the academic texts and the discursive centrality present in his dissertations and theses. From this, with the objetive of making visible the Interface between Special Education and Field Education within the research of this author, we carried out a semi-structured interview to show clues about the interface. As considerations, we perceive the materialization of mechanisms that silence the realities of Special Education present in the Field that are: the denial of the existence of these subjects; the relationships of the community and family, perpassing through their invisibility by the Public Power; the access to schooling, delegating to specialized institutions the treatment/care of these people. We also highlight the need to overcome dichotomies to avoid silencing mechanisms between the two modalities.
