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This text problematizes meanings attributed to reading and writing in the context of the early years of elementary school. It urges, from the results of the Systematic Literature Review (SRL), to discuss this relationship in academic studies developed in aten-year interval. This approach makes it possible to understand the rhetorical fluctuation of epistemic communities (DIAS and LOPES, 2006) about the theme on screen, indicating discourses and identity projections to readers and reading, while situating the relationship established between reading and writing in the midst of school practices with children. The strategic theoretical contribution assumed is the Discourse Theory of Ernesto Laclau (2011; 2013) and the discursive perspective of curriculum from Lopes and Macedo (2011), Pinar (2016) and Santos (2017; 2019). As a result of the SLR, it was possible to highlight, albeit initially, that reading and writing activities are condensed through the meaning of literacy and literacy, something also evidenced in today's curriculum documents. The centrality of proficiency as a structuring signifier of educational policies for Basic Education stands out. The demand for proficiency in reading and writing, as indicated by the studies, disputes space with the textual work developed by teachers. Hegemonically, in this rhetorical context, cognitive theories and perspectives are highlighted for working with language in the classroom, leaving the dialogical and cultural perspective on the sidelines of teaching-learning processes in the early years. Such essentialization of teaching-learning processes in the validation of proficiencies artificializes and promotes performativity (Ball, 2010) among children. Such experiences with reading and writing do little to enhance the integral development of these subjects in school contexts, an intentionality rhetorically evoked for the formation of school subjects in curricular policies.
Este texto problematiza sentidos atribuídos à leitura e à escrita no contexto dos anos iniciais do Ensino Fundamental. Insta, a partir dos resultados da Revisão Sistemática de Literatura (RSL), discutir tal relação nos estudos acadêmicos desenvolvidos em um intervalo de dez anos. Esse enfoque possibilita compreender a flutuação retórica de comunidades epistêmicas (DIAS e LOPES, 2006) acerca do tema em tela, indicando discursos e projeções de identidade aos leitores e à leitura, ao passo que situa a relação estabelecida entre leitura e escrita no bojo das práticas escolares com crianças. O aporte teórico estratégico assumido é a Teoria do Discurso de Ernesto Laclau (2011; 2013) e a perspectiva discursiva de currículo a partir de Lopes e Macedo (2011), Pinar (2016) e Santos (2017; 2019). Como resultado da RSL, foi possível destacar, ainda que inicialmente, que as atividades de leitura e escrita são condensadas por meio da significação de alfabetização e letramento, algo evidenciado também nos documentos curriculares hodiernos. Destaca-se a centralidade da proficiência como significante estruturante das políticas educacionais para a Educação Básica. A demanda por proficiência em leitura e escrita, conforme indicam os estudos, disputa espaço com o trabalho textual desenvolvido pelos professores. De modo hegemônico, nesse contexto retórico, destacam-se teorias e perspectivas cognitivas para o trabalho com a linguagem na sala de aula, deixando a perspectiva dialógica e cultural à margem dos processos de ensino-aprendizagem nos anos iniciais. Tal essencialização dos processos de ensino-aprendizagem na validação de proficiências artificializa e promove performatividade (Ball, 2010) entre as crianças. Tais experiências com a leitura e a escrita são pouco potencializadoras para o desenvolvimento integral desses sujeitos em contextos escolares, intencionalidade retoricamente evocada para a formação de sujeitos escolares nas políticas curriculares.
